“EFAPEL ESTÁ IGUAL E PARECE INFERIOR”
Diretor-desportivo diz que tem os ciclistas na forma que já rendeu vitórias, “mas isso não chega para a Volta”, pedindo uma reflexão
Ausência de triunfos na maior corrida não compromete um projeto a três anos e que planeia reforços, mas Azevedo prefere uma análise mais abrangente e questiona o andamento dos rivais.
Chegando à Volta a Portugal com cinco vitórias ao longo da época, a Efapel, nova equipa criada por José Azevedo, anunciava-se como maior rival da GlassdriveQ8. A subida à Torre retiroua da luta pela amarela e mesmo o segundo objetivo, a conquista de uma etapa, parece reduzido à tentativa de ganhar hoje na Senhora da Graça. O futuro não está comprometido, porque “este é um projeto a três anos”, sublinha Azevedo.
“Corremos para ganhar desde o início da época e viemos para estar na disputa da Volta a Portugal e de algumas etapas. A equipa entrou bem, os níveis físicos dos corredores davam-nos confiança. Atualmente
já se trabalha com base nos vátios e fizemos um estágio antes da Volta, do qual eles saíram em forma. Os dados que tínhamos davam-nos – e dão – a certeza de que eles estão bem, desenvolvendo os valores que tinham ao longo da época. Mas para uma Volta a Portugal esses valores são insuficientes”, disparou o técnico.
O alerta, porque é disso que se trata, foi reforçado por Azevedo: “Uma equipa como esta, que da Prova de Abertura até ao GP de Torres Vedras esteve a discutir as corridas com a Glassdrive – as duas dominaram o calendário e tivemos cinco vitórias e pódios em quase todas –, chega aqui e parece inferior... isso deveria ser alvo de reflexão. E isto é analisar factos, que o ciclismo evoluiu ao ponto de nos permitir isso. Por isso, como se explica que a Efapel, tendo estado no pódio toda a época, seja das mais modestas da Volta a Portugal, tendo os corredores ao mesmo nível das corridas anteriores? E não posso pedir mais aos corredores, sei que eles estão no seu máximo”.
Sem retirar validade à sua análise, Azevedo admitiu ainda que “Joaquim Silva não se dá com o calor e isso eliminouo na Covilhã”, e um azar com “o furo do Henrique Casimiro no Fundão e a perseguição que o desgastou até à subida na Covilhã”, mais a queda de Rafael Silva, “que era a aposta dos últimos três dias e ficou tão maltratado que só o caráter dele o mantémemprova”.“Mastanto o Tiago Antunes como o Henrique Casimiro fizeram o seu habitual na subida à Torre”, alertou.
“Os dados dizem-nos que os corredores estão bem. Mas para a Volta não chega”
José Azevedo Diretor-desportivo da Efapel