TRINCÃO RENASCIDO BATE RECORDES
Jogo da carreira em que fez mais passes para remate e, em campeonatos, aquele em que fez mais passes para a frente
Desde que saiu de Portugal, do Braga para o Barcelona, tinha feito apenas uma assistência para golo, num jogo do Wolverhampton diante do Leeds (2-3) a contar para a liga inglesa.
Francisco Trincão fez no último sábado uma das melhores exibições pessoais dos últimos anos. Não é opinião, mas sim factos, uma vez que, analisando os números do avançado nessa partida com o Rio Ave (3-0), constatamos que, em vários dos itens de jogo, o internacional português atingiu registos que há muito não conseguia. Começando pelo dado que mais influência direta teve no resultado final, Trincão fez uma assistência para golo, ao isolar Pedro Gonçalves com um passe à medida que resultou no último tento da partida. Algo que, na carreira do atleta, (segundo o portal especializado “Wyscout”) não tem acontecido tantas vezes como isso. É que, precisamente, desde que saiu do futebol português, em 2020, tinha feito apenas uma assistência, com a camisola do Wolverhampton, num duelo com o Leeds (2-3) em março passado. Mas para além desta assistência para o 3-0 ao Rio Ave, o avançado ainda “convidou” Pedro Gonçalves a um outro golo, deixando-o sozinho na cara de Jhonatan (33’). Seria mais uma assistência para uma camisola 17, mas neste caso o companheiro rematou fraco e denunciado, para a defesa fácil do guardião vilacondense. No total, foram cinco passes de Trincão para remates de colegas de equipa, o que, por sinal, se constitui como novo recorde num jogo, em toda a carreira do avançado no futebol profissional. O melhor registo até este jogo era de quatro, num triunfo dos Wolves (1-0) em casa do Manchester United (em janeiro) e num triunfo do Braga em casa do Moreirense (1-2), em janeiro de 2020.
Registo de passes revela envolvimento no coletivo
No capítulo do passe, Trincão teve outras ações ao nível dos seus melhores jogos em toda a carreira, o que, no mínimo, revela um forte envolvimento no coletivo, a níveis raros do que era hábito em si nos últimos tempos. Por exemplo, no que diz respeito ao número total de passes efetuado, que foi de 35, o que já não lhe acontecia há nove meses, desde novembro, isto num jogador que, desde que deixou o Braga, nunca fez mais de 40 passes num jogo de campeonato. A percentagem de acerto também foi assinalável neste caso, com 30 deles a encontrarem o destino certo, o que é o seu melhor número neste item desde um Barcelona-Elche, em fevereiro de 2021. Destaque nesta aspeto merecem também os passes para a frente (ou seja, descontando os passes lateralizados e os feitos para trás), terminando o jogo de sábado com 12 certos em 12 tentativas, seu recorde pessoal em jogos de campeonato.
E se, por um lado, teve números raros no que diz respeito a solicitações para os companheiros, o contrário também aconteceu, uma vez que recebeu 23 passes de colegas de equipa, número pessoal mais alto desde um jogo entre Wolves e Everton em novembro de 2021. E isto numa partida em que acabou substituído aos 80’, para a entrada do estreante Fatawu. Caso ficasse em campo nos 90 minutos teria por certo registos ainda mais elevados, mas não irão por certo faltar-lhe oportunidades para se destacar ainda mais no Sporting, ele que chega a Alvalade depois de um percurso negativo no Barcelona e nos Wolves.