O Jogo

O LEÃO QUIS DAR A MÃO MAS VIU O DRAGÃO FUGIR

À CAMPEÃO Com um super Diogo Costa e grande eficácia, o FC Porto ganhou o primeiro clássico e deixou o Sporting a cinco pontos. Expulsão de Porro custou caro

- ●●● CARLOS GOUVEIA Textos

Evanilson abriu a contagem num final de primeira parte de loucos. Depois, Galeno voltou a saltar do banco para agitar, estando nos dois últimos golos que deixam Amorim bem mais aziado do que Conceição.

O FC Porto saiu bem por cima no primeiro clássico da época e deixouo Sporting a cinco pontos de distância. Os números são castigo pesado para a equipa de Rúben Amorim, mas também é verdade que esta se pôs a jeito com os erros que cometeu, sobretudo quando Pedro Porro quis substituir Adán e defendeu coma mão um cabeceamen­to de Galeno. Na altura, a vantagem dos portistas era mínima e tudo se desmoronou para a equipa de Alvalade. O leão quis dar a mão e agarrar o dragão, mas este aproveitou sim para fugir na tabela, mostrando grande eficácia: marcou praticamen­te noúni corem ateàbaliz ada primeira parte e não tremeu nos dois penáltis de que dispôs. Sim, porque pouco depois da tal mão de Porro, foi o guarda-redes a travar em falta o novo agitador dos portistas, Galeno. E por falar em guarda-redes, é inevitável destacar Diogo Costa. Que enorme exibição, não apenas a defender – e foram pelo menos três intervençõ­es monstruosa­s – como a iniciar ataques com passes longos que levavam as coordenada­s certas. O segundo golo nasceu assim. O melhor que o Sporting conseguiu foi um remate ao lado de fora do poste ainda nos 45’ iniciais.

No desafio do meio-campo, o se to ronde as duas equipas foram vítimas das leis do mercado, o ás de trunfo estava do lado azul e branco. Se Amorim ficou com azia por perder Matheus Nunes a poucos dias do jogo, Conceição não sorriu ao ver confirmada a indisponib­ilidade deGrujic,à qual respondeu comum ameia surpresa: juntou Bruno Costa ao motor Otávio. E que diferença faz o “Baixinho” em campo. Do lado dos leões, confirmou-se Mo rita no miolo, queéa alternativ­a no plantel mais parecida com o mais recente emigrante do futebol nacional, e tudo o resto foi igual. Ou seja, o Sporting com três homens na frente, mas sem um ponta-de-lança e o FC Porto com dois avançados puros que jogavam perto das alas e Pepê nas suas costas.

Começaram melhor os leões à custa de transições rápidas e largura no jogo. Pedro Porro de um lado e Matheus Reis do outro construíra­m dois lances que colocaram o Dragão em sentido e irritaram Conceição. O segundo, diga-se, terminou com o tal remate de Morita que ainda bateu na parte de for ado poste. A partir desse momento e até aos minutos finais da primeira parte viuse um clássico intenso e, aqui e ali quezilento, mas sem real perigo para os guarda-redes. Até que o FC Porto chegou à vantagem, aos 42’, usando a arma do Sporting – a transição pelas alas – com João Mário a receber um passe de primeira de Uribe e a cruzar para a área, onde Taremi chegou primeiro do que Adán e desviou abol apara o lado, surgindo Evanilso na encostar. Depois de oVAR confirmara legalidade­do lance, DiogoCost amostrou arazãop ela qualéo guardar edesportug­uêsm ais cotado nos sites da especialid­ade com duas defesas daquelas que dão pontos. O jovem guardião voltaria a brilhar, diga-se já, aos 83’ quando Fatawu surgiu isolado.

Nessa altura, já o FC Porto tinha ampliado a vantagem, depois de um reinício de partida com o Sporting a ter mais bola, mas sem incomodar verdadeira­mente. Em vantagem numérica, o FC Porto ainda fez mais um golo depenál ti e encerrou as contas de um triunfo menos tranquilo do que o resultado sugere, mas inteiramen­te justo.

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