Mujica causou estragos
GARRA Arouca alcançou a primeira vitória da história nos Açores graças a uma segunda parte enérgica, com golos do espanhol e João Basso. Santa Clara eclipsou-se após ter estado em vantagem
Açorianos voltaram a demonstrar inconsistência e desperdiçaram nova vantagem no marcador. Substituições permitiram ao Arouca conseguir a reviravolta.
NUNO MARTINS NEVES
O Arouca foi feliz nos ●●● Açores, um feito inédito na história do clube, pois nas últimas seis vezes que visitou a casa do Santa Clara o máximo que conseguiu fazer foi empatar quatro vezes. Ontem, a história até começou a desenhar-se para o mesmo desfecho, mas ao golo de Rildo Filho (segundo consecutivo no campeonato), a formação de Armando Evangelista reagiu e reescreveu o final. A felicidade começou do banco, com as substituições a permitirem aos arouquenses assumirem o jogo, e concretizou-se nos pés de Rafael Mujica e João Basso, autores dos golos do triunfo.
Foi um Santa Clara pressionado por ainda não ter vencido esta época aquele que Mário Silva montou. Com Ricardinho de volta ao onze e Paulo Eduardo a estrear-se no esteio da defesa, os açorianos rubricaram uma primeira parte interessante, mas longe da baliza de Arruabarrena. A criatividade e futebol ao primeiro toque de Ricardinho, Rildo Filho e Tagawa desconcertavam a linha defensiva do Arouca, mas só num remate de longe de Allano, já nos descontos, é que os açorianos conseguiram criar perigo antes do intervalo. Por sua vez, o Arouca só no contragolpe conseguia esticar-se, mas sem perigo.
A segunda parte iniciou-se praticamente com o golo do Santa Clara: livre na direita, batido por Sagna, Tagawa desvia de cabeça ao primeiro poste e Rildo atira para a baliza deserta. Já com David Simão, Mateus Quaresma e Vitinho em campo, o Arouca crescia e chegava rapidamente ao empate, com Mujica a culminar com sucesso a melhor jogada do encontro.
A toada da partida mudou drasticamente, pois as substituições de Mário Silva não resultaram em nada, com o Santa Clara a desaparecer de jogo, enquanto o Arouca virava o resultado, de penálti, a castigar uma mão na bola displicente do recém-entrado João Marcos.
“Não gosto de ser injustiçado. Se hoje a grande penalidade é justamente marcada contra nós, também tem de ser assinalada a nosso favor”
Mário Silva Treinador do Santa Clara
“Conseguir a primeira vitória do Arouca em casa do Santa Clara é um motivo mais do que suficiente para sairmos satisfeitos da partida” Armando Evangelista Treinador do Arouca