Rigor vs. passividade
Das recomendações elaboradas pelo CA da FPF para a época em curso, o rigor sobre os elementos com assento nos bancos, na presunção de erradicar comportamentos tidos por nocivos, perturbadores e prejudiciais ao prestígio do espetáculo, daquilo que foi dado observar, especialmente dando enfâse a comentários dos habituais cartilheiros, terá merecido amplo apoio. Uma exortação daquela natureza faz acreditar na existência de generalizada conduta indevida daqueles agentes. Seria, pois, de esperar, os árbitros assumirem o ónus de impor cumprimento da recomendação, exercendo inflexibilidade de modo transversal, a todo o instante dos jogos. Será assim? Ou será que a severidade reclamada pelo CA só pode ou deve ser cumprida em determinados jogos, sobre determinados competidores, ou quando as atitudes / palavras daqueles indivíduos são, unicamente, expressados na língua de Camões? Perguntar não ofende, mas desculpem a ignorância de quem vê e constata maior incidência de atenção e punição sobre a grande maioria dos emblemas e um deles, agindo e comportando-se como os demais, passa impune. A recomendação só produzirá efeito se todos, mesmo todos, os árbitros forem capazes de tratarem todo e qualquer membro e os dezoito emblemas de forma igual, com bom-senso e compreensão das inúmeras situações possíveis de suceder e que nem sempre vão além da emotiva reação momentânea. No jogo realizado na semana passada no Estádio Magalhães Pessoa, aos 90+5’24”, perante ação de Diogo Pinto do CPAC sobre linha lateral, em UNÍSSONO e COLETIVAMENTE todo o banco do SLB se insurgiu perante a passividade do árbitro. Não se estranha, o árbitro já havia expulsado um jogador daquele emblema! …
A recomendação só terá efeito, se todos os árbitros, mesmo todos, forem capazes de tratar todo e qualquer dos membros dos 18 emblemas de forma igual