Arte de contra-atacar
O Casa Pia marcou no espaço de cinco minutos, numa altura em que o Boavista estava mais perigoso. Gansos conseguem a primeira vitória no regresso ao principal escalão
Estádio Nacional, no Jamor 1136 espectadores
Árbitro: Pierre Gaillouste (França)
Assistentes: Steven Torregrossa e Valentin Evrard
4º árbitro: Tiago Martins
VAR: Bastien Dechepy
Treinador: Petit
Substituições: Filipe Ferreira por Bruno Lourenço AD (nota 6), 63’; Rodrigo Abascal por Martim Tavares AV (nota 5), 73’; Salvador Agra por Dabó LE (nota 5), 80’; Bozenik por Masaki MO (nota 5), 80’.
Suplentes não utilizados: César GR, Pedro Gomes DC, Berna MD, Vukotic MD
A equipa de Filipe Martins ainda não tinha marcado qualquer golo nesta edição da Liga Bwin. Rafael Martins e Godwin aproveitaram bem as oportunidades no segundo tempo.
Quem não marca, sofre. É uma máxima muito utilizado no futebol e que ontem se aplicou na perfeição ao Boavista. Depois de uma primeira parte apática, os axadrezados voltaramdointervalocomoutra energia e encostaram o
Casa Pia à linha defensiva. Contudo, Gorré (50’ e 55’) e Pedro Malheiro foram incapazes de balançar as redes de Ricardo Batista.
Por seu turno, os gansos souberam aguentar esta fase de maior pressão boavisteira e em rápidos contra-ataques acabaram por decidir o encontro, graças a duas arrancadas de Godwin. Primeiro, o nigeriano deixou para trás Filipe Ferreira,combinoucomLucas Soares, que fez a assistência final para Rafael Martins. Depois, foi o número 7 casapiano a aumentar a vantagem.
Dois lances que ditaram o primeiro triunfo do Casa Pia no regresso ao principal escalão do futebol nacional e que retiraram a pressão a uma equipa que ainda não tinha marcado na competição. No sentido contrário, o Boavista perde pela primeira vez, depois de ter triunfado nas duas primeiras jornadas.
Com ambas a jogar em 3x4x3, a primeira parte foi um pouco penosa de se assistir, com jogadas nem sempre bem construídas. Mesmo sem deslumbrar, os anfitriões até podiam ter saído para o intervalo a vencer, caso Lucas Soares (11’), Kunimoto (36’) e Rafael Martins (44’) tivessem sido mais felizes na finalização.
Gorré e Salvador Agra ainda tentaram dinamizar o ataque boavisteiro, que só conseguiu criar boas oportunidades no segundo tempo. Porém, depois dos golos, a equipa de Petit caiu animicamente: o treinador axadrezado ainda arriscou na procura de pelo menos pontuar e Bruno Lourenço até mexeu um pouco com o jogo boavisteiro, mas os lances foram facilmente resolvidos pela bem estrutura defensiva casapiana.
“Embora não tivéssemos dominado totalmente, penso que vencemos de forma justa. A equipa estava a crescer e a vitória ia surgir”
Filipe Martins Treinador do Casa Pia
“A primeira parte foi horrível. Demos 45 minutos de vantagem. Tentámos corrigir ao intervalo, mas acabámos por sofrer dois golos em transições” Petit Treinador do Boavista