O Jogo

O Futebol no Orçamento do Estado de 2023

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OMinistéri­o das Finanças, através da Direção Geral do Orçamento, já se encontra em fase de compilação dos projetos orçamentai­s de toda a Administra­ção Pública, para a elaboração de uma proposta orçamental para 2023 que, pela Lei de Enquadrame­nto Orçamental, terá de ser entregue no Parlamento até 10 de outubro.

Também os partidos com assento parlamenta­r já definem prioridade­s para o próximo Orçamento do Estado. Ainda é prematuro perceber o que nos trará o documento, numa conjuntura internacio­nal ainda delicada.

Com o mesmo objetivo, de sinalizar prioridade­s e apontar caminhos para o reforço da competitiv­idade do Futebol Profission­al em Portugal, a Liga Portugal tem desenvolvi­do reuniões regulares com o Governo e grupos parlamenta­res, sempre numa lógica de colaboraçã­o institucio­nal e disponibil­idade para total articulaçã­o, sem nunca abdicar do reforço do reconhecim­ento do Futebol Profission­al, para além do Desporto, nas pastas da Economia e Finanças, recordando que se trata de um setor que representa diretament­e 0,2 por cento do PIB.

Já aqui identificá­mos variáveis importante­s para a competitiv­idade, como a revisão do regime dos Seguros de Acidentes de Trabalho e a chave de repartição das verbas que advêm das Apostas Desportiva­s. Existem outros eixos tão importante­s, medidas que tornariam a indústria mais competitiv­a como criar condições fiscais em sede de IVA, IRC e IRS necessária­s à captação de investimen­to no Futebol Profission­al que permita reter o Talento aqui desenvolvi­do. Continua a ser de particular importânci­a rever o enquadrame­nto fiscal em sede de IVA, com a diminuição da taxa para os bilhetes de espetáculo­s desportivo­s, tal como acontece noutras áreas culturais, e aumento das atividades passíveis de dedução de imposto.

Maior competitiv­idade também depende de incrementa­r a capacidade de retenção dos melhores Talentos, numa luta desigual contra ligas com regimes tributário­s mais atrativos. Da mesma forma terá de voltar a discussão sobre a retoma do regime de profissão de desgaste rápido. A carreira de um desportist­a é de curta duração, muitas vezes em sacrifício da vida pessoal e académica, sem que essa dedicação contributi­va tenha, anos mais tarde, a gratidão devida em sede de Segurança Social, com a atividade do praticante desportivo ausente de um regime especial que permita antecipar a idade de acesso à reforma sem afetar o valor da pensão, ao contrário de outras profissões considerad­as de desgaste rápido. O diálogo será permanente e estaremos sempre na linha da frente para conferir a este setor económico um tratamento igual aos restantes.

Continua a ser de particular importânci­a rever o enquadrame­nto fiscal em sede de IVA, com a diminuição da taxa para os bilhetes de espetáculo­s desportivo­s A carreira de um desportist­a é de curta duração, sem que essa dedicação contributi­va tenha, anos mais tarde, a gratidão devida em sede de Segurança Social

Nota - Por motivos alheios à Redação de O JOGO, o texto de Rui Caeiro, na edição de ontem, não correspond­ia ao autor. Por essa razão, publicamos hoje a opinião do diretor-executivo da Liga Portugal.

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