MANIFESTO ANTI-TOP 10
João Sousa continua sem ganhar, pela 15.ª vez no Grand Slam, a um tenista da super-elite e a derrota na segunda ronda do US Open, ante o inglês Norrie (9.º), acontece com naturalidade abre em Nova Iorque Objetivo: campanha entrar no top 50 de boas perspet
Fim de linha na 12.ª época seguida no Grand Slam, marcada pelo 41.º encontro frente a um top 10 mundial e pelo sentimento do dever cumprido, no regresso ao bom nível nos grandes palcos.
MANUEL PÉREZ
Não será num futuro próximo que o ténis português voltará a ter um embaixador a concorrer com os melhores do mundo e não existem muitos profissionais a gabarem-se de já terem defrontado 41 vezes adversários do top 10. João Sousa viveu ontem esse momento marcante, o 15.º numa etapa do Grand Slam, continuando sem conhecer a vitória, como aconteceu após os parciais de 4-6, 4-6 e 6-7 (4/7) a favor do londrino Cameron Norrie (9.º).
O vimaranense e 59.º mundial, não elevou para seis as (curtas) vitórias nesse capítulo, mas deu luta, muita luta. Bem ao contrário do desastrado 1-6 e 3-6, sofrido há 15 meses no Estoril Open, face ao versátil esquerdino. Aliás, a duração de 2h27 é a quarta mais longa de sempre em desafios com adversários do top 10; vários jogos decididos nas vantagens; o número de pontos conquistados é aproximado (96-105), se bem que seja um dado muito subjetivo, tal como o facto de o inglês ser obrigado a correr mais 100 metros (977,7 contra 877,6).
Ainda sem se “sentir, infe
lizmente, a cem por cento do problema no ombro direito”, como disse a O JOGO, Sousa
também acusou ainda restos do cansaço acumulado ao longo das mais de três horas e meia da primeira ronda, assinalando que a “bagagem de experiência, a força de vontade e o querer, vão continuar a ser determinantes para me manter à altura dos desafios físicos e mentais”.
Vai ainda disputar a segunda ronda de pares, ao lado do brasileiro Marcelo Demoliner, tendo ainda algum tempo para tratamento da (pequena) lesão e alguma prática no court.