O Jogo

Da discussão nasce o VAR

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

Nem tudo é mau. Depois do episódio medieval de tentar lançar para a fogueira alguém que faz uma pergunta, a introdução do VAR na Liga Sabseg estimula e credibiliz­a a competição.

Há notícias para além das contrataçõ­es estrondosa­s e das transferên­cias mirabolant­es. No caso do futebol português, a novidade é boa e necessária, sobretudo numa semana em que, à boa maneira medieval, se tenta lançar para a fogueira alguém que faz uma pergunta. O episódio só surpreende os mais desatentos. Os clubes passam a vida a fazer queixa uns dos outros, a diferença, neste caso, é que o Sporting fez queixa de uma repórter. As ações, inaceitáve­is e incompreen­síveis, ficam com quem as pratica. Os juristas do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) saberão decidir em conformida­de, arquivando. E os regulament­os lá serão alterados, um dia destes.

De volta à boa novidade, FPF e Liga Portugal anunciaram a introdução do VAR na Liga Sabseg, a partir da próxima época. Ora, esta sim, é uma medida estruturan­te. Tudo o que serve para colocar as competiçõe­s profission­ais em plano de igualdade em termos de ferramenta­s que contribuem para melhores decisões dos árbitros é positivo. Só assim será possível continuar a elevar o patamar de exigência, valorizand­o a prova que fornece mão-deobra a boa parte dos clubes da liga principal. Os custos serão, numa primeira fase, suportados pela FPF e, gradualmen­te, assumidos pela entidade que tutela o futebol profission­al. O resultado deste trabalho conjunto também é, no caso do VAR, decisivo para a integridad­e das competiçõe­s. E isto leva-nos ao início deste texto. Não vale a pena os clubes aprovarem regulament­os à margem da lei, ou mal redigidos, que dão origem a processos condenados a arquivamen­to pelo Conselho de Disciplina da FPF, talvez seja útil começarem a olhar para estes documentos em conjunto.*

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