O Jogo

Conceição “Escolhi o onze para ganhar, sem receio nenhum”

Técnico do FC Porto voltou a deixar mensagem de confiança a “todos os jogadores” e justificou a opção por Eustáquio e Toni Martínez. Sobre o aperto do calendário, não se queixa

- FRANCISCO SEBE

As mensagens que pretende passar aos jogadores são transmitid­as “de forma frontal e honesta”, vincou o treinador campeão nacional, que lembra: “Não jogar de três em três dias é que é mau sinal.”

“A semana foi-me dando indicações de que era necessário mudar em termos estruturai­s e de algumas peças”

“[Eustáquio] não só consegue dar consistênc­ia ao duplo-pivô, mas também aparecer na área”

“Uma vitória justíssima, importante para a caminhada” do FC Porto e alcançada contra um adversário que, na época passada, “realizou um trajeto fantástico”. Foi desta forma que Sérgio Conceição fez o balanço do triunfo – o 200.º do treinador ao leme dos azuis e brancos – em casa do Gil Vicente, obra de uma equipa remodelada após a derrota em Vila do Conde. As alterações, assinalou o técnico dos dragões, foram levadas a cabo “sem receio absolutame­nte nenhum” e adequadas às “exigências da partida. “A semana foi-me dando indicações de que era necessário mudar, não só em termos estruturai­s, mas também algumas peças. O que fiz foi escolher o melhor onze para tentar ganhar o jogo, sem receio absolutame­nte nenhum”, sublinhou Conceição, manifestan­do confiança “em todos”. “Os indicadore­s que temos são de grande profission­alismo e da resposta fantástica que dão os jogadores sempre que entram. Alguns momentanea­mente estão melhores eestou muito contente com a resposta de todos, mesmo os que entraram hoje, muito bem”, vincou.

Depois de salientar que “todos contam verdadeira­mente” e que “a mensagem para dentro é muito frontal e honesta, cara a cara com os atletas”, o treinador portista não deixou de explicar a opção por Toni Martínez, “um jogador poderoso, que ataca muito bem o espaço nas costas da defesa adversária”, e Eustáquio, um dos melhores em campo. “Nós sabemos a disponibil­idade dele, ocupa um espaço muito interessan­te, não só consegue dar consistênc­ia ao duplo-pivô, mas também infiltrar-se e aparecer na área. Esteve muito bem no jogo, isto é o resumo do que se passa no dia a dia com o Eustáquio e achei que era um jogo propício para ele”, justificou Sérgio, que lembrou os “jogos fantástico­s” contra Tondela, Marítimo e Sporting para assegurar que o meio-campo em losango “não foi abandonado”.

O calendário portista começa, agora, a apertar e, na quarta-feira, há um encontro em Madrid, com o Atlético, a contar para a fase de grupos da Liga dos Campeões. Algo que não tira o sono a Conceição.

Bem pelo contrário. “Estamos habituados a jogar de três em três dias, porque nestes cinco anos temos dado uma boa resposta e chegado longe também na Europa. O plantel dá garantias, vou mudando consoante o estado dos jogadores a todos os níveis e da estratégia. Um clube como o FC Porto não se pode queixar. Quando não jogamos de três em três dias é que é mau sinal. Temos de ser criativos e inteligent­es na forma como fazemos a gestão, mas estamos cá para isso”, rematou.

“O Toni Martínez é um jogador poderoso, que ataca muito bem o espaço nas costas da defesa adversária”

“Calendário apertado? Um clube como o FC Porto não se pode queixar”

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Toni Martínez, uma das novidades no onze do FC Porto, em luta com Lucas Cunha

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