Almeida sobe, Roglic acredita
Luso foi quarto na etapa 14 da Volta a Espanha e é sétimo. Esloveno ganhou 52s a Evenepoel.
A Vuelta ganhou vida na ●●● subida final da 14.ª etapa, pois, pela primeira vez, Remco Evenepoel, da Quick Step, exibiu fragilidade. A cerca de quatro quilómetros da meta, Primoz Roglic, segundo da geral e a quase três minutos do belga, arrancou ao seu jeito e mostrou-se em subida de forma. Ganhou, juntamente com Miguel Ángel López, da Astana, 48 segundos na estrada, juntando ainda mais quatro segudinhos pela bonificação do terceiro lugar na etapa.
Na Sierra de La Pandera, com uma média de 8% de inclinação, os 1 800 metros acima do nível médio do mar passaram a primeira fatura no camisola vermelha, que pode temer a jornada de hoje, na Serra Nevada, em que os corredores chegam aos 2500 metros de altitude. “Espero que tenha sido este o meu dia mau”, desejou Evenepoel, que ainda tem uma liderança confortável, mas mostrando dificuldades em ser consistente em provas de três semanas.
Roglic está agora a 1m49s e pode acreditar que o tetra na Volta a Espanha ainda é possível. “Estou a sentir-me cada vez melhor. Vamos continuar esta sequência”, prometeu o esloveno. Richard Carapaz, da Ineos, venceu a partir da fuga, somando a segunda etapa nesta edição, estando já fora da luta pela geral individual.
João Almeida teve o seu colega Ayuso a furar e a ter, assim, de ficar com Remco, chegando a 48s dos principais rivais. O português, porém, meteu um ritmo forte no último quilómetro e foi quarto na etapa, até melhor do que Enric Mas e Carlos Rodríguez, terceiro e quarto na geral, subindo a sétimo na classificação. “Vai ser uma etapa-chave, mas treinei na Serra Nevada durante este ano, conheço as estradas e as dificuldades”, avaliou Almeida, satisfeito pelo “bom resultado na meta” e que pode sonhar ainda com o sexto lugar. Para mais, precisa de um desfalecimento dos rivais.