O Jogo

AZUL É A COR DA ESTA BILIDADE

O Belenenses tem realizado épocas muito positivas. O quarto lugar, por duas vezes nas últimas três, coloca os lisboetas só abaixo de FC Porto, Sporting e Benfica

- RUI GUIMARÃES

Jogadores experiente­s e de qualidade, numa mescla com jovens promissore­s, aliados a um grande apoio da direção do clube e das pessoas mais próximas da secção têm sido os alicerces deste emblema.

“Ser diferente, resiliente, ●●● ter identidade e uma dignidade e defender aquilo em que se acredita”, são algumas das caracterís­ticas que definem os adeptos do Belenenses. Talvez tenha sido essa resiliênci­a, crença e diferença que fez o andebol do clube dar um salto qualitativ­o nos últimos anos. O quinto lugar no Campeonato Placard foi o pior das últimas três épocas (sexto, se recuarmos a 2018/19), tendo sido alcançado em 2020/21. Em 2019/20 e na pretérita temporada os azuis do Restelo foram quartos.

“A vinda de vários jogadores de qualidade e com muita experiênci­a foi decisiva para estas classifica­ções. Havia gente que dava o litro e suava a camisola, mas faltava alguma experiênci­a, atletas que foram internacio­nais, fazer uma equipa coesa, aliada a jovens com qualidade”, explica o capitão Bruno Moreira a O JOGO. “Além disso, a estabilida­de que o clube nos foi dando, a nível de recursos humanos e económicos, também se revela determinan­te”, acrescenta. “Prefiro ficar em sexto ou sétimo lugar, mas honrar os compromiss­os com os atletas e os treinadore­s. São eles que fazem os sacrifício­s. Há atletas que chegam dos jogos fora às três ou quatro da manhã e, no dia seguinte, ou melhor, quatro horas depois, estão no trabalho”, lembra Alberto Oliveira, emblemátic­o ponta-esquerdo do Belenenses, a entrar na terceira temporada como team-manager. “Eles são os meus campeões, são um orgulho para mim”, assume, falando também na importânci­a da estabilida­de: “Temos os subsídios em dia, tudo o que esta direção tem prometido, tem honrado. Aliás, muitas vezes digo que mais vale menos e certo, do que mais e incerto”.

Para a temporada que se avizinha, Carlos Jorge, desde 2004/05 no Restelo, quer honrar os pergaminho­s do clube. “Esperamos dar continuida­de a esta série de bons resultados, passar uma imagem positiva do Belenenses, quer lá fora, quer a nível interno, e ir fazendo alguma renovação na equipa”, afirmou o treinador de 68 anos, com larga passagem pelas seleções nacionais.

“Sinto que é necessário trazer as pessoas de volta às bancadas. Por isso que faço esses apelos [redes sociais], para voltar a encher o Acácio Rosa, como muitas vezes estava no meu tempo”, termina Alberto Oliveira.

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