O Maccabi Haifa é uma oportunidade
Enfrentar o 169.º classificado do ranking da UEFA na abertura da fase de grupos é uma oportunidade, não só para entrar com o pé direito, mas para colocar pressão sobre PSG e Juventus.
Roger Schmidt foi diplomático na abordagem ao jogo desta noite. Quando lhe perguntaram se, num grupo partilhado com o PSG e a Juventus, era obrigatório ganhar os dois encontros com o Maccabi Haifa, respondeu que todas as equipas merecem estar na Champions e todas são de topo. Claro que, mesmo sem conhecer a fundo a topografia de cada país, é evidente que o topo de Israel não é exatamente tão alto como os topos de França e Itália. O Maccabi é claramente o parente mais pobre de um grupo de gigantes do futebol europeu e perder pontos com os israelitas não está nas contas de nenhum deles. De resto, o jogo desta noite é, sobretudo, uma oportunidade, não só para os encarnados entrarem com o pé direito na Champions, o que não tem sido fácil, como para chegarem a Turim, e ao confronto com a Juventus da segunda ronda, sem a pressão de terem de assumir as despesas do jogo. Com alguma sorte, os italianos até deixam já ficar alguns pontos em Paris, o que os colocaria sob a pressão de serem obrigados a inclinar-se para a frente no encontro com as águias, tornando mais provável um eventual desequilíbrio atrás. Mas essas são contas para fazer mais adiante. Agora mesmo, o Benfica tem a obrigação de aproveitar a oportunidade que o calendário lhe deu e bater uma equipa que ocupa a 169ª posição do ranking da UEFA - a 147 lugares das águias - de preferência a tempo de gerir o cansaço que as últimas exibições tornaram evidente. Afinal, isto não pára e no fim de semana há uma deslocação a Famalicão para desatar.