Presidente da SAD bate com a porta
Guerra com o líder do clube, Rui Fontes, na base da decisão, numa altura crítica, porque ainda não há treinador depois da saída de Vasco Seabra
João Luís apresentou a demissão, assim como os restantes elementos do Conselho de Administração, na sequência do processo iniciado por Rui Fontes, que tinha por objetivo afastá-los. MARCO FREITAS
João Luís apresentou ontem a demissão de presidente da SAD do Marítimo, cargo que ocupava desde dezembro. A notícia foi avançada pela RTP Madeira e, juntamente com João Luís, saem também Luís Olim e Nélson Gouveia. A decisão antecipa um cenário que se adivinhava, pela guerra aberta com Rui Fontes, presidente do clube, que convocou uma Assembleia Geral para dia 10 de outubro, precisamente com a anunciada intenção de destituir a SAD. Fontes nunca escondeu que lhe desagrada a estrutura bicéfala, defendendo que o presidente do clube deveria assumir também os destinos do futebol profissional, sob alçada da SAD.
Esta turbulência coincide com um momento particularmente crítico, já que o Marítimo ainda não tem substituto escolhido depois da saída de Vasco Seabra. Ontem, no regresso da equipa aos treinos para preparar a receção ao Gil Vicente, foram os até aqui adjuntos de Seabra(Octávio Moreira, Ricardo Henriques e José Manuel) a liderar os trabalhos.
Aindasemfumobranco,este vazio diretivo pode atrapalhar a oficialização da chegada do novo técnico, dossiê que compete à SAD, agora esvaziada de autoridade para tomar tamanha decisão. É natural que seja Rui Fontes a assumir esse processo e, nas especulações, além do já citado João Henriques, outro João, no caso João Pedro Sousa (ex-Famalicão e Boavista) era tido como hipótese do agrado do presidente do clube. Em todo o caso, não é ainda certo que o novo timoneiro venha a estar no banco já no próximo jogo.
Dossiê do novo treinador do Marítimo pode sofrer atraso: João Henriques e João Pedro Sousa são os nomes especulados na Madeira