“É altura ideal para receber o Benfica”
FAMALICÃO Rui Pedro Silva não tem medo de uma águia que só sabe vencer esta temporada. Admite, porém, ter dúvidas sobre o onze que vai defrontar
Minhotos têm um golo marcado no campeonato, mas a preocupação é com a pontaria e não com o volume ofensivo. Apesar do jogo europeu, Rui Pedro Silva não acredita num adversário cansado.
JOÃO MAIA
Dez jogos e dez vitórias ●●● do Benfica não fazem Rui Pedro Silva ter medo de defrontar o líder do campeonato. O treinador do Famalicão mostrou confiança na antevisão da partida de sábado (15h30, Sport TV 1), no Minho, mas rejeitou a tese de esta ser uma má fase para apanhar as águias. “Não sei qual é a diferença entre uma altura ideal ou não. O Benfica está num bom momento, com bom futebol, com condições táticas e individuais que desbloqueiam jogos, e nós estamos com confiança para fazermos um bom jogo. É uma boa altura, a ideal para os recebermos”, afirmou.
Vindo de um triunfo na Champions, o técnico não crê em fadiga no oponente. “O primeiro cansaço que aparece é mental e isso não surge agora, mas mais longe. Trabalhando sobre vitórias, o cansaço não se nota tanto. É mais fácil recuperar de jogo para jogo, e o plantel do Benfica tem qualidade para substituir qualquer jogador que esteja cansado”, respondeu, quando questionado sobre as
ausências de João Mário e Gonçalo Ramos, castigados. “Podem manter o Rafa por dentro, chegou agora o Draxler, que tem uma qualidade inquestionável, e olho para um leque de opções que me deixa com algumas dúvidas sobre a equipa que vão apresentar”, assumiu.
O “Fama” tem quatro pontos em cinco jogos e, apenas, um golo marcado. A preocupação não passa pela falta de caudal ofensivo, mas antes pela capacidade de definir. “Falhámos um penálti no Estoril (derrota por 2-0) e tivemos um golo anulado em Barcelos
(empate a zeros). Temos um volume de produção ofensiva bastante alto. O que me desaponta e preocupa é termos dez remates e só um enquadrado (estatística da derrota, por 1-0, em Portimão). Preocupa-me a falta de capacidade de sermos mordazes e eficazes no último remate”, comentou.