PICHARDO SEGUNDO E CÁ SEMPRE EM ALTA
Saltador falhou o terceiro título na Liga Diamante, mas Portugal teve três atletas em lugares de pódio não ganhou em Zurique, Balanço: benfiquista líder mundial mas fechou o ano como
Não era o final de época desejado pelo campeão mundial e europeu, pois na Liga Diamante apenas o triunfo dá direito a pódio. Já Portugal, com cinco atletas nas finais, teve três em posições cimeiras.
CARLOS FLÓRIDO
Liliana Cá voltou a discutir um pódio internacional e ganhou sete mil euros
Pedro Pichardo fechou a ●●● época internacional com 17,63 metros no triplo salto, a sua segunda melhor marca nos concursos deste ano, mas isso apenas lhe rendeu o segundo lugar nas finais da Liga Diamante, em Zurique, pois Andy Diaz, um seu antigo compatriota que espera a naturalização por Itália, venceu com um recorde pessoal de 17,70 metros. Se o campeão mundial e europeu falhou o tri, entre os cinco portugueses que tiveram lugar no meeting suíço destacou-se ainda Liliana Cá, terceira no lançamento do disco, depois da na véspera Auriol Dongmo ter sido segunda no peso. Patrícia Mamona, no triplo salto, e Leandro Ramos, no dardo, foram sextos e últimos, com marcas modestas.
O encerramento de época dos grandes meetings mundiais, que entrega um troféu prestigiado e 30 mil dólares/ euros aos vencedores de cada uma das 32 disciplinas – mais 12 mil aos segundos, sete mil aos terceiros e dois mil aos sextos –, provou que o atletismo nacional continua forte nos concursos, embora Mamona se tenha ficado pelos 14,24 metros num triplo feminino dominado pela venezuelana Yulimar Rojas – triunfo garantido com 15,28 metros ao segundo salto – e Leandro Ramos tenha feito 71,96 metros no dardo, possuindo 84,78m como recorde desta época. Essa marca teria rendido ontem o terceiro posto numa prova dominada pelo indiano Neeraj Chopra (88,44m).
Mas, depois de Auriol Dongmo ter sido segunda no peso, também Liliana Cá provou estar entre as melhores mundiais do disco. Com 63,34 metros, manteve a consistência num final de época em que chegou aos 65,21m no Europeu. A americana Valarie Allman venceu, com 67,77m, à frente da croata Sandra Perkovic, com 67,31, pelo que Cá obteve o melhor lugar possível.
Mas o dia no estádio suíço abriu com Pichardo em ação, superado por Andy Diaz logo no primeiro salto, com 17,70 contra 17,63 metros. Nenhum deles conseguiria melhor e só Jordan Diaz Fortun se aproximaria, com 17,60. Para o português era a segunda marca pessoal da época – sagrou-se campeão mundial com 17,95 metros, melhor salto mundial do ano – e algum sabor a frustração, pois as duas últimas tentativas não resultaram, acabando Pichardo por fechar a temporada internacional como abrira, no segundo lugar. Em março, fora batido por Lázaro Martinez, o único dos atuais talentos cubanos que ainda não desertou, no Mundial de pista de coberta.