O Jogo

Lesão de Otávio volta a desafiar Conceição

Perder um dos jogadores mais dinâmicos e rotativos da equipa numa altura em que o calendário aperta cada vez mais é um desafio à capacidade de improviso do treinador

- Jorge Maia jorge.maia@ojogo.pt

Ojogo do FC Porto com o Atlético de Madrid confirmou a infalibili­dade da Lei de Murphy: tudo o que podia correr mal correu pessimamen­te e na pior altura possível. Desde a expulsão de Taremi, num momento em que os dragões mandavam no jogo e ameaçavam a baliza de Oblak, até ao golo de Griezmann, nos descontos dos descontos, a anular o esforço que os portistas fizeram para chegar ao empate mesmo em inferiorid­ade numérica. E como dois males nunca vêm sós, talvez o maior de todos seja mesmo o terceiro: a lesão de Otávio, que o afastará dos relvados durante pelo menos um mês. Ora, se num ano normal um mês é muito tempo, numa época espartilha­da pela realização do Mundial no inverno como esta, pode revelarse uma eternidade. Perder um dos elementos mais dinâmicos e rotativos da equipa numa altura em que o calendário aperta, com sete jogos para disputar, incluindo três da Liga dos Campeões e a sempre delicada receção ao Braga no Dragão, representa um novo desafio à capacidade de improvisaç­ão de Sérgio Conceição. Por outro lado, há de representa­r também uma oportunida­de para quem tiver a responsabi­lidade de substituir o motor do meio-campo portista. Os últimos jogos, por exemplo, revelaram Eustáquio como o verdadeiro reforço que a estabilida­de da equipa na última temporada não permitiu descobrir mais cedo. No fundo, é como escreve Sun Tzu na Arte da Guerra: as vitórias resultam muitas vezes da capacidade para descobrir oportunida­des nos problemas. E, como todos sabemos, Sérgio Conceição tem alguma experiênci­a no assunto.

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