Fortaleza erguida para diluir dúvidas
Portugal defonta, amanhã e sábado, o Brasil, na Taça Davis, em recinto coberto e hardcourt, condições onde, em casa, tem uma vitória e uma derrota
O court sintético montado no Centro Cultural de Viana do Castelo recebe a 116.ª eliminatória de Portugal, a 60.ª por cá, mas desta vez a Seleção abdica da terra batida, o seu habitat natural. MANUEL PÉREZ
●●● Desde a derrota com a Sérvia, em 2004, na Maia, Portugal disputou mais 21 eliminatórias da Taça Davis em casa e ganhou 19! Apenas duas não foram jogadas sobre pó de tijolo, recaindo a escolha num indoor hardcourt do CAR do Jamor, no triunfo sobre Marrocos, em 2015, e na derrota frente à Áustria, em Guimarães, no Pavilhão do Vitória, no ano seguinte. Amanhã e depois, sempre a partir das 15h00 e com cobertura integral por parte da SportTV, o Centro Cultural de Viana do Castelo é a fortaleza erguida para desequilibrar a contenda com o Brasil.
Ontem, na conferência de Imprensa de lançamento da ronda que coloca o vencedor no qualifying das Davis Cup Finals’2023, o selecionador Rui Machado lembrou ter à disposição “jogadores para todo o tipo de superfícies, mas estando a temporada na época do piso duro procuramos sentir-nos cómodos, nesta tentativa de dificultar um bocadinho a tarefa do Brasil e levar a melhor numa eliminatória que se antevê renhida, com bons executantes de singulares e pares de ambos os lados”.
João Sousa e Nuno Borges serão as apostas para os encontros de singulares e, antes de disputar a 31.ª eliminatória, o vimaranense garante que “tudo o que podemos controlar, está controlado” e com um “espírito de grupo fantástico, estamos preparados para medir forças frente a uma equipa jovem, mas experiente no circuito”. Borges, que ganhou um singular e o par na ronda anterior, face à Polónia, alerta que o “passado já lá vai” e a missão agora é “uma nova eliminatória, com um adversário difícil, em condições diferentes, mas, felizmente, em casa”.
Francisco Cabral volta a ser o parceiro do maiato, sendo convocado apenas pela segunda vez, mas dizendo-se “mais experiente e preparado depois da Maia”, numa referência ao triunfo, em março, sobre a Polónia. Gastão Elias – que há uma dezena de anos viveu em casa de Jaime Oncins, no período em que foi treinado pelo selecionador brasileiro – e Frederico Silva, serão suplentes de luxo.
“Com o fator casa e produzindo um bom ténis, temos opções de ganhar”
“Viana do Castelo está no coração da Seleção, desde as duas vitórias aqui, em 2015” Rui Machado Selecionador Nacional