O Jogo

SAÍDO DE UM PACTO DE NÃO AGRESSÃO

Sporting vence FC Porto na abertura do Campeonato Placard, mas, para além da suave intensidad­e do encontro, o resultado foi bom de mais para os leões

- MANUEL PÈREZ

“Era muito importante começar o campeonato a ganhar em casa e a um rival que é campeão nacional. Felicito o FC Porto, porque foi um grande jogo”

Alessandro Domínguez Treinador do Sporting

●●● Não foi um jogo de preparação, mas parecia. O clássico que quase fechou a primeira jornada do Campeonato Placard (falta jogar o Valongo) foi disputado em ritmo morno, sem a agressivid­ade que fica na retina, pelos duelos ferozes, e no ouvido, pelas travagens bruscas das rodas dos patins ou os stiques quase a partir de tanto martelar. Quando assim é, falta a intensidad­e caracterís­tica da nossa liga.

Ganhou o Sporting, por uma vantagem de que não estava à espera. Aliás, da primeira amostra sobre o que podem valer dois candidatos ao título, o que se destaca é o FC Porto apresentar um rendimento abaixo do observado na Elite Cup, ou até na final perdida da Supertaça. Embora os comandados de Ricardo Ares começassem autoritári­os, é verdade, e inaugurand­o o marcador aos 7’, por Xavi Barroso, após uma jogada de insistênci­a de Gonçalo Alves.

Dentro do mesmo minuto, Nolito Romero atirou ao lado na cobrança de um livre direto e, volvidos quatro, foi a vez de o argentino servir de bandeja João Souto, para o gondomaren­se restabelec­er a igualdade. Novo minuto explosivo (19’), com o Sporting a fazer o 2-1, num penálti convertido por Nolito, e o FC Porto a reagir, através de Alves, também de grande penalidade. A quatro minutos do intervalo, o jogador de Mendoza abalroou Roc Pujadas e os árbitros perdoaram os leões.

Após o recomeço, os portistas estiveram mais tempo no meio rinque contrário, procurando evitar que o grupo de Alessandro Domínguez voltasse à verticalid­ade nos lances para emendas junto à baliza, mas o ritmo moderado do jogo levou a erros não forçados. Das ameaças, o Sporting passou aos atos e os seis minutos finais foram de sonho. Fez o 3-2 (44’) por Matías Platero e o 4-2 (48’) por Toni Pérez, após duas boas ocasiões do FC Porto que, mesmo a uma falta da décima, arriscava tudo.

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Gonçalo Alves marcou o seu golo em lance aparatoso, indo ao chão com Platero

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