UMA SURPRESA QUE DEU RECORDE
Senayet Chekol, campeã jovem na Etiópia, era desconhecida e ganhou a Meia-maratona do Porto em 1h08. Emmanuel Bor repetiu o triunfo
Manhã fantástica e cerca de oito mil a correr, vindos de 61 países. Assim foi a 15.ª edição da Meia-maratona do Porto, que pode ter visto nascer mais uma referência africana entre as fundistas do atletismo.
RUI GUIMARÃES
Terminou a prova, sentou-se junto às barreiras, descalçou-se e caminhou até à relva do jardim do Passeio Alegre, onde se encostou a uma árvore. Estava esgotada e queria água. Três garrafas de meio litro foram saciando a sede de Senayet Getachew Chekol, uma etíope pouco conhecida, que venceu a prova feminina da Meia-maratona do Porto em 1h08m37s, superando os 1h0923squeMonicaJepkoech fizera em 2017. Era o momento mais importante de uma corrida que regressou tendo 3200 finalizadores nos 21 km – e mais uns cinco mil na caminhada –, o número mais baixo da década, mas numa quebra pouco significativa.
Tímida, e sem saber inglês, Chekol falou a O JOGO com uma adversária a traduzir. “Estou muito feliz por ter ganho e pelo recorde. A cidade é muito linda”, disse apenas.
“O Porto tem sido talismã parabastantesatletas,queaqui começam a ganhar e depois se
tornam craques”, recordou o diretor da Runporto, Jorge Teixeira, dando um exemplo: “Brigid Kosgei fez aqui a primeira maratona e é agora a recordista mundial”. Na prova masculina esperava-se o recorde, mas foi ganha por EmmanuelBorem1h00m38s.Oqueniano, que já fora primeiro em 2015, fez a quinta marca de sempre no Porto, longe dos 59m30s de Zersnay Tadese.
“Estou muito feliz por ter ganho e pelo recorde. A cidade é linda”
Senayet Getachew Chekol Recordista da meia-maratona