O Jogo

Uma pausa que só o Benfica dispensava

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Dos três candidatos assumidos ao título – o Braga insiste em recusar esse estatuto -, o Benfica é o único que chega à pausa nos campeonato­s a respirar saúde. Não deixa de ser assinaláve­l, desde logo consideran­do que os encarnados tiveram de arrancar para a temporada mais cedo, a tempo de garantirem a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões e já levam mais três jogos disputados do que o FC Porto – para além de campeonato e Champions, os dragões jogaram e venceram a Supertaça – e quatro do que o Sporting. E, no entanto, a julgar pela amostra do jogo de ontem e pela sequência de 13 vitórias consecutiv­as, a equipa de Roger Schmidt não dá quaisquer sinais de desgaste, provando que quem joga por gosto não cansa. Ainda assim, a pausa chega no momento ideal para os encarnados, desde logo por acontecer num dos piores momentos da temporada para os rivais. Enquanto FC Porto e Sporting vão passar os próximos quinze dias a lamber as feridas deixadas pela última semana de competição, procurando soluções para os inúmeros problemas que esta jornada tornou evidentes, os encarnados têm duas semanas para recarregar baterias antes de um mês de outubro que vai elevar a fasquia em termos de exigência. Mais do que isso, vão fazê-lo com o conforto de uma vantagem no campeonato que lhes garante a margem de erro que dragões e leões já esgotaram. Claro que é muito cedo para traçar sentenças sobre uma corrida que até vai ser interrompi­da a meio pela realização do Mundial. Mas se os encarnados mantiverem este ritmo no próximo mês, a segunda metade do campeonato pode ser curta para os rivais recuperare­m da falsa partida.

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