O Jogo

“NÃO PENSEI CHEGAR JÁ À

CANELAS Paulo Silva treina pela primeira vez uma equipa sénior e só está a um ponto dos primeiros, o Varzim e o Vilaverden­se

- ANDRÉ BASTOS

S. João Ver-AD Sanjoanens­e Paredes-Braga B Montalegre-V. Guimarães B Canelas 2010-Fafe Varzim-Felgueiras 1932 Länk Vilaverden­se-Anadia

Länk Vilaverden­se Varzim Canelas 2010 AD Sanjoanens­e Braga B Felgueiras 1932 Paredes Anadia

S. João Ver V. Guimarães B Fafe Montalegre 4.ª JORNADA

Alverca-Fontinhas Académica-Sporting B V. Setúbal-Caldas Moncarapac­hense-Oliv. Hospital Belenenses-Amora Real-Leiria

Belenenses Caldas Leiria Sporting B Fontinhas Oliv. Hospital Amora Alverca Real

V. Setúbal Moncarapac­hense Académica

cJJVVEE4.ª JORNADA

DMP10 10 9 8 7 7 4 4 3 3 1 0

P8 8 7 6 6 6 4 4 4 4 3 3*

Com passagens na formação de Feirense, Boavista e Naval, entre outros, Paulo Silva, 31 anos, foi adjunto no Oleiros e team manager na Oliveirens­e antes do maior desafio na carreira desportiva.

Aos 31 anos, Paulo Silva está a realizar o sonho de ser treinador principal de uma equipa sénior, e logo da Liga 3, ao serviço do Canelas. Um convite irrecusáve­l para quem na época passada ajudou na subida da Oliveirens­e à Liga SABSEG, como team manager, e que ardentemen­te desejava ser técnico principal a este nível. Após vários trabalhos em escalões de formação, Paulo esteve perto de orientar o Oliveira do Hospital, mas a entrada de novos investidor­es, levou à escolha de Nuno Pedro. Depois, entrou em cena o Canelas e um novo desafio.

O Canelas soma três vitórias e uma derrota, estando apenas a um ponto dos líderes primeiros, contava ter este arranque?

—É evidente que trabalhamo­s para ganhar os jogos a cada semana. É um início bastante interessan­te, com três vitórias e apenas uma derrota, contra um candidato à subida [Braga B]. O caminho, até agora, deixa-nos felizes, mas não há classifica­ções finais à quarta jornada.

O Paulo chegou à Liga 3 quase como um desconheci­do, como surgiu esta oportunida­de?

—Já são alguns anos no futebol como treinador, embora no ano passado tenha estado noutras funções na Oliveirens­e, e já passei por diversos contextos a nível de formação e seniores. A oportunida­de apareceu, em conjunto com algumas pessoas [Felipe Veras e Ronnie, da Brasil Soccer Academy], que me referencia­ram à estrutura do clube. Era uma oportunida­de que ainda não tivera. Pensei que poderia ir para o Campeonato de Portugal, mas sinto-me um privilegia­do por me poder mostrar na Liga 3.

É um dos treinadore­s mais jovens e menos experiente­s na prova, sente que começa a ganhar mais mediatismo?

—Vou sentindo, até pela importânci­a que hoje têm as redes sociais, mas não dou muito valor a isso. É sempre motivo de orgulho ver o trabalho reconhecid­o, não só por mim mas por todos os que trabalham comigo, mas são só quatro jornadas e uma eliminatór­ia da Taça, ainda há muito caminho a percorrer e no futebol é tudo muito efémero. De repente, perdem-se dois ou três jogos e o Paulo Silva, que é o segundo treinador mais jovem, já não é destaque nenhum ou é-o pelos piores motivos. O importante é manter o equilíbrio e ter capacidade para lidar com momentos menos bons.

O registo de cinco golos marcados e dois sofridos significa que o Canelas é uma equipa que ataca pela certa e defende bem?

—O registo é um bocadinho enganador, principalm­ente nos jogos que ganhámos em casa. Podíamos ter sofrido mais golos e marcado mais alguns, mas isso premeia a nossa organizaçã­o defensiva. Somos uma equipa que privilegia a posse, consegue criar oportunida­des e tenta ter uma ideia bem vincada, com uma estratégia definida para cada jogo.

Há uns anos, o Canelas era apontado como demasiado agressivo nos jogos. Essa imagem mudou?

—Claramente! Cada vez é menos um tema em debate. O Canelas é um clube como qualquer outro da Liga 3, com as suas dificuldad­es logísticas, orçamentai­s, com poucos apoios, que trabalha com muita gente séria e profission­al e não há qualquer tipo de agressivid­ade. Há um ADN próprio, pois todas as pessoas envolvidas têm uma fome de vencer enorme.

A bagagem que trouxe da Oliveirens­e ajudou-o na adaptação ou são realidades diferentes?

—Ajudou bastante. São realidades distintas, embora a competição fosse a mesma. Na Oliveirens­e, até pela tradição do clube, as obrigações eram outras, o Canelas é um novato nestas andanças. Foi uma experiênci­a importantí­ssima, estive noutras funções e cresci imenso. Estar numa parte mais logística, faz-nos dar o devido valor a

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