França recua a 2018 e dá murro na mesa
Atual campeã reencontrou o caminho dos golos com o tridente ofensivo do último Mundial e bateu a Áustria (2-0) para fugir ao último lugar
Mbappé e Giroud acertaram no alvo após festival de desperdício e facilitaram a matemática da permanência. Koundé e Maignan saíram lesionados e aumentaram as dores de cabeça de Deschamps.
DUARTE TORNESI
No duelo do tudo ou ●●● nada na luta pela permanência entre a elite da Europa, a França puxou do estatuto de campeã mundial e da Liga das Nações para vencer a Áustria (2-0) e passar a depender apenas de si própria para garantir a salvação, pois já não tem hipóteses matemáticas de avançar à final four e revalidar o título.
E foi, precisamente, ao recorrer à fórmula de sucesso do Mundial’2018 que Didier Deschamps conquistou a primeira vitória na prova. Sem poder contar com o lesionado Benzema, o selecionador da França reeditou o tridente ofensivo que fez furor na Rússia há quatro anos – Griezmann no apoio a Mbappé e Giroud – e ganhou a aposta, embora com algum sofrimento à mistura.
Apesar de ter dominado a equipa orientada por Ralf Rangnick desde o apito inicial, a França protagonizou um festival de desperdício na primeira parte, com a bola, teimosamente, a preferir alojar-se nos ferros ou nas mãos de Lindner em vez de
seguir o caminho das redes. No entanto, quando o público já denotava algum nervosismo, Mbappé inaugurou o marcador aos 56’ após assistência de Giroud, que, nove minutos volvidos, também deixou a sua marca para tornar-se o jogador mais velho (35 anos e 357 dias) a marcar pelos bleus.
Mas nem tudo foram boas notícias para Deschamps, que perdeu o central Koundé e o guardião Maignan por lesão: juntam-se às nove baixas que o selecionador já tinha antes do início da partida de ontem frente à Áustria.