Grujic espera capitalizar folga
Médio não foi chamado à seleção e ficou no Olival a recuperar o tempo que perdeu com a lesão
O camisola 16 lesionou-se em meados de agosto e não mais voltou a ser titular. Recuperação dos melhores índices físicos também será boa notícia para Sérgio Conceição, de olho no ciclo exigente que se aproxima. FRANCISCO SEBE
Presença habitual nos convocados da Sérvia, Grujic ficou de fora da mais recente lista de Dragan Stojkovic. O médio do FC Porto lesionouse em meados de agosto, antes do clássico com o Sporting e, desde então, somou apenas nove minutos em campo, pelo que o selecionador optou por outras soluções para o setor intermediário. Contudo, e por mais doloroso que ficar casa numa fase decisiva da Liga das Nações possa ser, a permanência de Grujic no Olival durante este período de seleções também traz benefícios ao 16: a maximização dos índices físicos e a recuperação do ritmo competitivo na sua plenitude, quando os dragões se aproximam de um ciclo de exigência máxima e potencialmente decisivo.
Após a saída de Vitinha, Grujic parecia partir em vantagem para cimentar um lugar no onze do FC Porto. Titular nas três primeiras partidas da época, ante Tondela, Marítimo e Vizela, foi neste último desafio que o internacional sérvio sofreu um revés. Um problema muscular tirou Marko dos quatro encontros seguintes, algo que permitiu a Eustáquio ganhar terreno na luta pela vaga no miolo. Grujic só voltou a ser utilizado no último sábado, no empate com o Estoril, mas, agora, vai aproveitando a pausa nas provas de clubes para ganhar ritmo. Como Sérgio Conceição já admitiu, é mais difícil trabalhar durante estes “intervalos”, porque o FC Porto perde vários jogadores para as equipas nacionais. Nesse sentido e atendendo a que o treinador portista valoriza de sobremaneira o trabalho diário, trata-se de uma janela de oportunidade para aqueles que ficam.
A juntar a isto, Eustáquio e Uribe são dois dos internacionais que estão ausentes do Olival e que chegarão mais em cima do duelo com o Braga. Grujic tem via aberta para mostrar serviço, de olho no regresso ao onze e sabendo que, no futuro próximo, é provável que haja alguma gestão: em 22 dias, o FC Porto vai jogar contra Braga, Leverkusen (duas vezes), Portimonense e Benfica, a que se juntará a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.