“Atitude foi lamentável”
Joel Pinho, diretor-geral do clube, criticou a decisão da autarquia, que chamou a GNR para que fossem cortados cadeados dos portões do parque de estacionamento
O dirigente acredita ser possível um desfecho para o diferendo com a Câmara Municipal, alegando que “a solução só não existirá se uma das partes não quiser” e lembra a importância do trabalho feito pelo clube.
MELO ROSA CRISTINA AGUIAR
Joel Pinho, diretor-geral do Arouca, considerou “lamentável” a decisão da autarquia em chamar a GNR para cortar os cadeados dos portões do parque de estacionamento do estádio municipal. “Desde oinício,nuncanospassoupela cabeça chegarmos a este tipo de situações, é lamentável a atitude que a Câmara teve. Em vez de remarmos todos para o mesmo lado, há pessoas que têm outra forma de estar na vida, nós não, continuamos a defender os arouquenses e vamoscontinuaratrabalharnesse sentido”, disse Joel Pinho, considerando que o clube “foi obrigado a dar essa resposta”, ainda assim, acredita ser possível um defecho sereno, alegando que “a solução só não existirá se uma das partes não quiser. Da nossa parte, o Arouca quer sempre fazer parte da solução, dignificar o concelho, dignificar a região e continuar a trabalhar da mesma forma que tem vindo a trabalhar nos últimos anos. Agora temos de esperar que as pessoas que estão na parte autárquica tenham essa sensibilidade e percebam a importância do trabalho que fazemos, que é um trabalho cívico e de promoção da terra”,acrescentouJoelPinho, que esteve presente no World Scouting Congress, que decorreu no Porto, e que contou ainda com a participação de Armando Evangelista, que, à margem do evento, contornou o conflito entre a Câmara e o clube. “Prefiro concentrarme em questões desportivas e deixar as questões políticas para quem está mais habilitado e informado e noutra posição, que não eu, para estar a comentaressesaspetos.Questões políticas não é um tema que me seduza, e nem quero entrar por aí. O nosso trabalho de ontem [anteontem] foi o normal e não foi preciso alterar nada em função do que aconteceu”, comentou o treinador dos Arouca. A autarquia, recorde-se, acusou o clube de querer impedir a utilização do parque de estacionamento do estádio para servir de estrutura de apoio à Feira das Colheitas.
“Nunca nos passou pela cabeça chegarmos a este tipo de situações”
Joel Pinho Diretor-geral do Arouca