SOMENTE PRATA DA CASA NO REGRESSO À I DIVISÃO
Gil Eanes, antigo bicampeão nacional feminino, atravessa novo período áureo e vai atacar o campeonato com um grupo de jogadoras que passaram pela sua formação
A estreia é já amanhã, na Luz, com o Benfica, mas tanto o presidente Mauro Santos como a treinadora Sofia Osório sacodem qualquer tipo de pressão e confiam abertamente na juventude do grupo.
HÉLIO NASCIMENTO
Os três títulos nacionais (sub-17, sub-20 e II Divisão de seniores) conquistados na época passada pelo Gil Eanes são a melhor das vitaminas para assinalar o regresso à I Divisão, depois de um hiato prolongado – o clube de Lagos foi bicampeão em 2009/10 e 2010/11 e a seguir suspendeu a equipa sénior devido a dificuldades financeiras. Na altura, Mauro Santos era vice-presidente e hoje encabeça a direção. “É um sentimento de enorme alegria e satisfação, inclusive porque só temos jogadoras da casa. Todas passaram pela formação e são todas algarvias”, assinala o dirigente, que há três épocas apostou na treinadora Sofia Osório para relançar o escalão.
“Apesar de jovem, o grupo é forte e tenho a convicção de que vamos fazer boa figura. Sem reforços, o objetivo é claramente a permanência”, realça Mauro, acreditando que os “adeptos vão voltar a apoiar de modo fantástico e a transmitir toda a força, tal como sucedeu na campanha transata, em que encheram o pavilhão e contribuíram para a conquista do título”.
O arranque do campeonato, já neste amanhã, é na Luz
e com o Benfica, campeão nacional e recente vencedor da Supertaça, o que, no entender de Sofia Osório, “é a melhor estreia possível”. Para a treinadora, o plantel encarnado “é muito superior e tem o objetivo claro de voltar a conquistar o título, e nós, recém-chegadas a este patamar, sabemos que este jogo é de outro campeonato, ou seja, a responsabilidade é toda do Benfica”.
Todavia, Sofia assegura que o Gil Eanes “está preparado” e encara este regresso à elite do andebol feminino como “um desafio e não como um problema”, destacando a juventude do grupo. “Tentámos fazer algumas contratações, para dar mais experiência, mas foi impossível, sobretudo porque as jogadoras contactadas têm a sua vida profissional organizada. E, depois, o Algarve fica mais longe de tudo”, salienta, garantindo que confia abertamente no plantel [ver quadro] de 17 jogadoras que tem à disposição.
“Tentámos fazer algumas contratações (...) mas foi impossível, sobretudo porque as jogadoras contactadas têm a vida profissional organizada” Sofia Osório Treinadora