Um português como sucessor de Santos
No meio de muita especulação, o presidente da ANTF, José Pereira, defende cumprimento do contrato ou aposta nacional
Mourinho, Paulo Fonseca, Rui Jorge... A imprensa internacional fez eco ou acrescentou nomes à vaga de hipóteses já mais ou menos esgotadas e noticiadas. FPF recusa alimentar ambiente de especulação.
José Mourinho poderá acumular o cargo de treinador da Roma e o de selecionador nacional e já terá sido contactado pela FPF nesse sentido; Rui Jorge, atual comandante dos Sub-21 portugueses, poderá ser promovido à seleção principal, numa imitação do que sucedeu com Luis de la Fuente no país vizinho. Estas foram duas hipóteses lançadas ontem pelo jornal italiano “Corriere dello Sport”, replicando notícias já publicadas em Portugal e rumores ainda por confirmar, acrescentandolhes,eventualmente,umponto. A estas pode somar-se a hipótese Paulo Fonseca, que os franceses do “Foot Mercato” diziam ontem, segundo informações que possuíam, estar a ser estudada pela FPF, pelo bom futebol praticado pelas suas equipas e a promoção dos jovens, algo que, garantem, é visto como determinante para a Federação.
O JOGO apurou junto de fonte próxima do treinador do Lille que, até ontem, “não houve qualquer contacto”. O que, naturalmente, não significa que não possa haver, futuramente.
Contrário
auma eventual substituição de Fernando Santos no cargo de selecionador nacional está José Pereira. O presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebolsublinhou,quandocontactado pelo nosso jornal, que defende “que os contratos são para cumprir”. “Se Fernando Santos tem contrato até 2024, deve ser cumprido”, aponta, acrescentando mesmo não ver motivos para qualquer outro desenlace.
Numa altura em que já foram mais ou menos esgotados todos os candidatos possíveis e imaginários - nomes como Jorge Jesus, Abel Ferreira, Carlos Queiroz ou Paulo Bento também já foram apontados... -, do que José Pereira não tem dúvidas é que, a haver um sucessor de Fernando Santos no imediato, este deve ser português. “Por todo o mundo, os treinadores portugueses são considerados os melhores. Veja-se o caso do Brasil, onde são sete que vão dirigir equipas daquele campeonato. Não tem justificação nenhuma que venha um estrangeiro para a nossa Seleção. A não ser que o presidente da Federação pense o contrário, custa-me acreditar que isso aconteça”, justificou.
A Federação, por seu lado, permanece fechada em copas, recusando alimentar qualquer especulação e apenas irá pronunciar-se caso exista um motivo concreto.
“Não tem justificação nenhuma vir um estrangeiro para a nossa Seleção”
José Pereira Presidente da ANTF