O Jogo

Passado e presente inspiram o futuro

FORMAÇÃO Vítor Baía, João Pinto, Gonçalo Borges e João Mário deram conselhos e incentivos aos jovens da Casa do Dragão

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Os quatro formaram-se no FC Porto e a dupla da equipa principal passou pelas mesmas instalaçõe­s que albergam o sonho de outros jovens. Para o dirigente, o caminho tem sempre de passar por aqui.

ANA LUÍSA MAGALHÃES

“Todos os clubes têm condições, mas há um bocadinho a mais que nos diferencia dos outros”

Vítor Baía Vice-presidente do FC Porto

“Muito do que sou veio daqui. Cresci muito”

Viveu-se uma noite especial ●●● na Casa do Dragão, que recebeu Vítor Baía, João Pinto, Gonçalo Borges e João Mário para um jantar de Natal. O espaço acolhe os jovens da formação do FC Porto que são naturais de pontos mais distantes da Invicta. Para os inspirar, o quarteto formado nos azuis e brancos distribuiu histórias, conselhos e incentivos. “O futuro de um clube da nossa dimensão passa obrigatori­amente pela formação, em criar as condições para que estes jovens possam evoluir e crescer num ambiente de competênci­a, rigor e de ambição normal para um jogador que veste a camisola do FC Porto. Jogar com esta camisola é quase lutar por um povo e uma região, por pessoas que amam incondicio­nalmente este clube e isso também é algo que eles devem aprender e sentir”, vincou, ao Porto Canal, Vítor Baía, vice-presidente dos dragões. Ciente de que “todos os clubes têm as condições”, é esse “bocadinho a mais que diferencia de todos os outros”. “É isso que é preciso transmitir, uma cultura desportiva de excelência que nos tem levado para patamares incríveis”, vincou o antigo guarda-redes.

Para Gonçalo Borges, foi uma noite de nostalgia. “Muito daquilo que sou enquanto pessoa veio daqui. Cresci muito, muito enquanto pessoa e, por consequênc­ia, enquanto jogador. É fantástico ver pessoas novas e as crianças. Parece que me estou a ver a mim, quando cheguei aqui com 14 anos”, recordou o extremo, que à semelhança de João Mário escalou várias etapas até chegar ao plantel principal do FC Porto. O percurso, naturalmen­te, é tudo menos fácil,

apesar dos “bons momentos e carinho das pessoas”. E o lateral recordou uma conversa decisiva com o pai. “Pôs-me na cabeça que se era isto que queria teria de lutar pelo meu sonho e continuar a acreditar que era possível tornar-me jogador profission­al. Comecei a dedicar-me cada vez mais dia após dia, trabalhava sempre para poder melhorar para chegar ao meu sonho. Era nisso que me focava”, explicou João Mário.

Os jogadores respondera­m a várias perguntas dos jovens e um deles quis que Gonçalo explicasse as principais diferenças

da formação para o futebol profission­al. “É muito sério, muito divertido e um sonho. A principal diferença é a maneira como se vive os treinos. É como se fosse um jogo e na formação, por vezes, não é tanto assim. Ali faz-nos crescer, principalm­ente a mim, que estou lá há pouco tempo. Mas como jogador já cresci muito graças a essa filosofia”, respondeu o extremo, que detalhou outras coisas. “A maneira como se come e todas as pequenas coisas que se possam pensar são avaliadas da maneira mais rigorosa”, garante.

Gonçalo Borges Extremo do FC Porto

“O meu pai pôs-me na cabeça que tinha de lutar pelo meu sonho”

João Mário Lateral do FC Porto

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Gonçalo Borges e João Mário contaram várias histórias
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Baía vê a aposta na formação para o futuro do clube

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