Árbitro com as orelhas a arder
Juiz vindo do México foi muito criticado, em particular por não ter assinalado um penálti para Marrocos
Falta de ação do VAR no lance em que Boufal e Theo Hernández se envolveram, com queda do primeiro na área gaulesa, também esteve no olho do furacão. Walid Regragui prometeu apoiar França na final.
PEDRO MIGUEL AZEVEDO
A noite de ontem não foi fácil para o árbitro do França–Marrocos. Isto porque o trabalho de César Arturo Ramos, que cumpriu a sua quarta partida nesta edição da prova foi visado não só no aspeto disciplinar, onde foi acusado de ter mão leve mas, acima de tudo, pelo lance aos 27 minutos que envolveu Boufal e Theo Hernández na área francesa: no choque o juiz entendeu que foi falta do marroquino, ao qual mostrou amarelo e não do francês. Pediu-se grande penalidade para Marrocos mas o VAR não terá mudado a decisão inicial de César Ramos. Este foi, também, contestado em vários lances onde houve entradas sobre Mbappé onde poderiam ter sido exibidos amarelos.
Após a partida, vários jornalistas, comentadores e, também, adeptos nas redes sociais, dispararam contra o mexicano. Pavel Fernández, analista de arbitragem da Rádio Marca, por exemplo, apontou que “o momento chave foi o penálti sobre Boufal
que não foi assinalado”. “O único que não viu o penálti foi o árbitro na sala do VAR”, acrescentaria. Em Inglaterra, Rio Ferdinand questionou: “Em qualquer zona do campo aquilo seria falta por isso, porque não foi marcado penálti?” Já do país natal de Arturo Ramos, Heriberto Murrieta, da ESPN, frisou que o árbitro “não mostrou os cartões que mostra cá [no México]”. Apesar da polémica, não foi perguntado ao selecionador marroquino pelos jornalistas no Catar sobre o trabalho do árbitro, tendo Walid Regragui optado por um discurso de fair-play: “Dou parabéns à França, estaremos a apoiá-la na final.”