Encarnação foi poderoso
Nacional deu a volta na segunda parte. O Covilhã tentou o empate, mas esbarrou num muro
O sonho do Nacional acabou na Covilhã, mas não foi por falta de vontade em agarrar o único lugar de acesso aos quartos de final da Taça da Liga. O caminho foi barrado em Portimão, pela vitória do Gil Vicente. À equipa insular resta saborear o prémio de consolação pela atitude com que enfrentou a vantagem inicial dos locais, isto já depois de ter sido anulado um golo a Dudu, por posição irregular de três centímetros descortinada pelo VAR.
Não foi um jogo exuberante, nem poderia ser, dada a intensidade da chuva que encharcou de tal forma o relvado que a bola mal circulava. Ainda assim, o Covilhã parecia mais adaptado a essa adversidade e obrigou o adversário a encontrar soluções para entrar na dinâmica. E conseguiu, como se viu pelo tiro perigoso de Witi e pela série de grandes defesas do guarda-redes Bruno Bolas, até Dudu marcar no tal lance sem efeito.
O Covilhã puxou então dos galões e pôs-se na frente, mercê de um belo golo de Gildo, na sequência de um canto em que a bola foi desviada no corpo de um defesa. O Nacional não gostou de estar a perder, entrando com toda a força na segunda parte. Nem se notou que chegara de madrugada à Covilhã, devido às dificuldades na ligação área do Funchal a Lisboa, por causa do mau tempo.
O princípio da viragem no resultado deu-se num remate de primeira, com o pé esquerdo, de Rafael Vieira, a aproveitar um desvio do tiro de Pipe Gómez. O empate animou os insulares, que já tinham o jogo controlado. A sentença seria dada por Bruno Gomes, ao saltar mais alto que os centrais da casa para concluir, de cabeça, um cruzamento da direita.
Mas o Covilhã, apesar de estar fora da luta pelos quartos de final, não entregou de bandeja a festa ao Nacional: complicou nos últimos minutos e esteve perto de restabelecer o empate, por duas vezes. Quem se impôs foi o guarda-redes insular Encarnação, ao barrar um remate de Ângelo e outro, logo depois, de Sena. Isto tudo aos 90’+4’, ou seja, no mesmo minuto.
“Na primeira parte percebemos melhor o jogo e fomos pragmáticos”
Alex Costa Treinador do Covilhã
“Jogo difícil, não só pela qualidade do adversário, mas pelas condições climatéricas”
Filipe Cândido Treinador do Nacional