O Jogo

Rúben Amorim “Sei da revolta dos jogadores”

Sem comentar lances de arbitragem, técnico do Sporting revela a frustração do balneário leonino

- FREDERICO BÁRTOLO

Treinador do Sporting diz que forçou os atletas a irem receber as medalhas, lamenta que pouco se tenha jogado na segunda parte e considerou que os lisboetas dominaram e mereciam mais da final.

Rúben Amorim não criticou ●●● a arbitragem de João Pinheiro, mas admitiu que os jogadores do Sporting estavam revoltados no balneário. “Não quero falar dos lances de arbitragem porque vocês têm câmaras rápidas e repetições. Os meus jogadores fi

cam chateados comigo, sei que ficam, mas não mudo a minha postura. Fico aqui em cima do muro, porque devia defender os meus jogadores, mas não comento a arbitragem. Se eu falasse, iam falar [jornalista­s] disso a semana toda. Vou explicar aos meus jogadores depois. Sei da revolta deles, mas isso é comigo e com eles”, disse, explicando porque não ficaram os atletas no relvado à espera da consagraçã­o do adversário: “A equipa não tem de ficar. Iam ficar ali muito tempo e não queríamos que lá estivessem, para que não houvesse mais confusões. Os jogadores não queriam ir receber as medalhas, sequer, mas era importante estarem lá para não se ficar a falar disso durante a semana toda.”

Apesar da derrota, a exibição agradou. “Na primeira parte implementá­mos o nosso estilo. Estou muito contente com a nossa agressivid­ade. Dominámos e criámos oportunida­des. Fizemos um excelente jogo, tomámos conta do jogo, mas tivemos azar no primeiro golo. O FC Porto não foi melhor do que nós na segunda parte também, mas, aí, não houve grande jogo. Acabou com a expulsão do Paulinho. Fizemos pela vida, mas ainda sofremos o 2-0. Foi um duro golpe”, pormenoriz­ou Rúben Amorim, que defendeu Adán após o erro que originou o primeiro golo: “Ele é um grande guarda-redes, de alto nível. Pode ter uma época mais difícil do que outra. Se sentir que ele não é o certo tiro-o da baliza, mas isso está longe de acontecer.”

O treinador do Sporting recusou que a época esteja perdida e que, a partir de agora, a lógica seja apostar exclusivam­ente nos mais novos. “Temos de correr pelos resultados no campeonato, temos a Liga Europa. São metas difíceis de alcançar, mas podem acontecer. Temos objetivos. Não tínhamos nada quando cá cheguei. Agora é diferente, temos de continuar o projeto e temos jogadores para o presente e para o futuro”, explicitou, sem pejo de pedir união e até lembrar que prolongar o contrato lhe deu conforto: “O projeto é do Sporting e eu sou mais uma peça. Os sportingui­stas não podem estar distraídos com guerras entre nós. O meu lugar está sempre à disposição, mas a renovação tirou-me um peso de cima. Há clubes que ficam anos sem ganhar, está a acontecer-nos isso agora. Tenho muita força, estou até aos sportingui­stas me quererem.”

“Os meus jogadores ficam chateados comigo, mas não mudo a minha postura”

“Implementá­mos o nosso estilo. Dominámos, tivemos oportunida­des. Não houve grande jogo na segunda parte”

“O meu lugar está sempre à disposição, mas a renovação tirou-me um peso de cima”

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Ugarte estica o pé para cortar a bola a Galeno

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