O Jogo

ARTURO VIDAL É AD DE CHUTOS E SAPAT

BRASIL Num jogo do “Carioca”, o chileno do Flamengo não gostou de ter sido deixado no banco por Vítor Pereira e reagiu mal

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Médio arremessou, primeiro, uma chuteira para o relvado e, depois, atirou a outra contra o banco de suplentes. O treinador português não quis empolar a situação.

RODRIGO CORTEZ

Explosivo. É o mínimo que se pode dizer de Arturo Vidal, que no triunfo de ontem do Flamengo sobre o Boavista do Rio de Janeiro (1-0), para o Campeonato Carioca, foi “aos arames” com uma decisão de Vítor Pereira. Isto porque, quando percebeu que não iria sair do banco de suplentes, o chileno não se conteve.

O Fla vencia por 1-0 e Vítor Pereira já tinha feito três substituiç­ões quando, aos 80’, chamou Matheus França e Marinho para entrarem. Era o desespero para Vidal, porque já não seriam permitidas mais trocas e, como tal, ele não iria a jogo.

Com Vítor Pereira ao leme (entrou a 1 de janeiro, porque no Brasil as épocas correspond­em ao ano civil), Vidal só participou em dois jogos e em ambos nos minutos finais. Para um internacio­nal com 137 jogos na seleção e com passagens por clubes como Barcelona, Inter, Juventus ou Bayern, com 24 troféus ganhos, a atitude de Pereira foi a gasolina na lenha da sua instabilid­ade.

Sentado no banco, Vidal agarrou numa chuteira e, com expressão de raiva no rosto, arremessou-a com toda a força para dentro do relvado. Logo a seguir, pegou na outra bota e atirou-a contra o banco de suplentes.

No fim da partida, o treinador português não acusou grande preocupaçã­o quanto à atitude do atleta de 35 anos. “Um ou outro jogador ficar insatisfei­to é algo de natural porque temos que tomar decisões em função daquilo que analisamos e da ideia que temos dos jogadores que estão mais aptos neste momento a ajudar a equipa. Temos que colocar a equipa e o clube acima de todas as ambições pessoais”, comentou o treinador. Everton Ribeiro, companheir­o de equipa, também desculpou o chileno, lembrando que “é um rapaz de grupo e trabalha sempre forte para jogar”.

O próprio Vidal, já de cabeça fria, viria horas depois a desculpar-se ao grupo: “Quero pedir desculpas pela minha reação, ao não entrar em campo (...) Sei que às vezes o meu temperamen­to me vence. Mas eu vim para o Flamengo para ser feliz e fazer parte da sua história. (...) Vou continuar a lutar e não vou baixar os braços, porque eu sou assim. Um guerreiro e um vencedor.”

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