Juiz libertou os 16 casuals do Sporting
Os elementos detidos na megaoperação levada a cabo anteontem estão indiciados por ofensas à integridade física
Segundo adiantou o JN, as agressões que levaram às detenções aconteceram após um jogo de andebol frente ao Benfica, no dia 23 de abril. Já os 13 casuals afetos ao clube encarnado vão ainda ser ouvidos.
O Juiz de Instrução Criminal de Lisboa libertou os 16 elementos do grupo violento casuals do Sporting detidos na operação da PSP de Lisboa contra a violência no desporto. Estão indiciados por ofensas à integridade física. Segundo o que adiantou o JN, as agressões que levaram às detenções deste grupo aconteceram depois de um jogo de andebol contra o Benfica, realizado a 23 de abril, e nas imediações do Pavilhão João Rocha.
Durante esses incidentes, os 16 elementos dos casuals terão agredido quatro adeptos do Benfica que passavam pelas imediações do pavilhão, e que foram identificados assim pelo facto de um deles envergar um cachecol alusivo ao clube da Luz.
Em relação aos 13 restantes detidos na operação, neste caso, que pertencem aos casuals do Benfica, vão ainda ser ouvidos. Estes respondem por alegados crimes violentos praticados nas imediações dos estádios de futebol. Refira-se que as detenções resultam de duas investigações diferentes levadas a
cabo pelo Ministério Público de Lisboa, uma referente aos crimes praticados pelos adeptos do Benfica e outra respeitante aos atos dos adeptos violentos afetos ao Sporting.
A PSP deteve indivíduos ligados às claques de Benfica e Sporting numa megaoperação realizada na quarta-feira. Num comunicado divulgado horas depois da intervenção, a PSP explicou em detalhe os pressupostos do procedimento, revelando que um dos elementos foi “detido em flagrante delito na posse de uma arma de fogo.” “A Divisão de Investigação Criminal deu cumprimento a 29 mandados de detenção fora de flagrante delito, emitidos por autoridade judiciária,
bem como a 30 mandados de buscas domiciliárias, na área da Grande Lisboa e margem sul do Tejo. Foi ainda detido em flagrante delito outro indivíduo na posse de uma arma proibida, tratando-se de uma arma de fogo”, pode ler-se no documento, que especifica a natureza dos prevaricadores, indivíduos na faixa etária entre os 18 aos 47 anos. “Esta operação foi promovida em articulação com a 11.ª Secção do DIAP de Lisboa e foi suportada nas diligências de investigação produzidas no decurso dos inquéritos, visando dois grupos afetos ao movimento dos ‘casuais’, com adeptos do Sporting Clube de Portugal e do Sport Lisboa e Benfica.”
A ação desenvolvida pela
PSP resultou ainda na apreensão de diverso material afeto ao movimento “Casual”, nomeadamente três armas de fogo, várias armas brancas e armas artesanais, diverso material pirotécnico, como petardos, potes de fumo e tochas, assim como doses individuais de haxixe e heroína.
Nos inquéritos que decorrem e que deram origem a esta operação, são investigados vários factos suscetíveis de configurar crimes de ofensas à integridade física qualificada, sobre adeptos e sobre polícias, bem como crimes de roubo, danos, participação em rixa, ameaças e desobediência de interdição à entrada em recintos desportivos.