Exemplo italiano e o novo Batistuta
Southgate lembra que Itália falhou os últimos dois Mundiais, enquanto Mancini elogia Retegui, argentino naturalizado
ANTÓNIO PIRES
O grande jogo deste primeiro dia de fase de apuramento para o Euro’2024 opõe Itália e Inglaterra no Estádio Diego Armando Maradona, em Nápoles, menos de dois anos depois da final do Euro’2020 disputada em Londres e que terminou com a festa transalpina após grandes penalidades. Depois disso, porém, os italianos viriam a falhar o apuramento para o Mundial do Catar, no que Gareth Southgate considera ser um belo exemplo... a não repetir.
“Esta fase inicial das qualificações é crucial. Tudo o que fizemos no passado é irrelevante,temosdecomeçardenovo”, salientou o selecionador inglês, assumindo a dificuldade
da equipa que orienta desde 2016 para derrotar adversários de nomeada. “Este é o tipo de jogos que temos de começar a ganhar, e de forma consistente. Não ganhamos aqui desde 1961, por isso é outro feito histórico que procuramos atingir”, ressalvou.
Do outro lado, reina a confiança e o otimismo. Pelo menos a julgar pelas palavras de Roberto Mancini. “Fomos de uma grande alegria por ganhar o Euro para uma grande deceçãopornãoparticiparnoMundial, o que não merecíamos.
Apurámo-nos duas vezes para a final four da Liga das Nações e agora temos de começar do zero, com jovens de grande valor”, asseverou o selecionador italiano, abordando depois o caso concreto de Mateo Retegui, avançado de 23 anos nascido na Argentina e do Tigre que foi a grande surpresa da convocatória: “É um avançado clássico, que me lembra o Batistuta quando chegou a Itália. É jovem e precisa de se adaptar, mas não me parece que vá demorar muito. É inteligente e tem qualidade.”
“Retegui é um avançado clássico, jovem, inteligente e com qualidade”
Roberto Mancini