O Jogo

REFRESCOS AQUECEM NOITE DAS ESTRELAS

LANÇADOS Seleção tirou rendimento máximo dos dois primeiros jogos do apuramento. Luxemburgo reduzido a pó em partida bem preparada e melhor interpreta­da

- Textos JOÃO ARAÚJO

Exibição de gala da equipa das Quinas, para a qual foram fundamenta­is as três novidades no onze e o brilho dos “senadores”. Martínez arranca com seis pontos, dez golos marcados e zero sofridos. Olé!

●●● Ronaldo bisou pelo segundo jogo consecutiv­o na Seleção, Félix, Bernardo Silva, Otávio (estes de cabeça!) e Rafael Leão marcaram e as temidas dificuldad­es que o Luxemburgo iria criar – afinal, melhorara muito nos últimos tempos – esfumaram-se antes de se cumprirem dez minutos. Aos nove, CR7 encostava à boca da baliza para abrir a goleada e esta história a um dos outros protagonis­tas, Nuno Mendes, introduzid­o no onze titular por Roberto Martínez com o intuito de refrescar a equipa, necessidad­e que o selecionad­or apontara de véspera. O lateral-esquerdo, tal como Dalot e António Silva – os outros refrescos de Martínez –, eram algumas das armas apontadas a abrir a frente de ataque e tentar surpreende­r através de rápido jogo interior face à esperada muralha defensiva do 5x4x1 luxemburgu­ês. E a estratégia revelou-se eficaz, já que rebobinand­o a jogada do golo inaugural, este nasceu de um cruzamento que Bernardo arrancou após aproveitar o espaço aberto por uma entrada de Dalot pela zona mais central. E a situação repetiu-se no segundo, marcado por João Félix, com a nuance de o lance ter começado numa saída de bola de António Silva, numa altura em que os centrais lusos jogavam bem metidos no meio-campo adversário.

Centrais subidos, laterais projetados, Bernardo e Félix a associarem-se com o respetivo lateral... Com os jogadores do Luxemburgo ainda mal refeitos do 2-0, depressa surgiu o terceiro golo de Portugal e com ele outro dos argumentos preparados pelo selecionad­or para o caso de... haver discussão: bolas longas a sobrevoar as linhas defensivas contrárias. Palhinha lançou o míssil e foi Bernardo, livre de marcação na área, a conduzilo, de cabeça, para o fundo das redes.

Os minutos que se seguiram deram a impressão de que a partida se encaminhav­a para o fim, de tal maneira o jogo se partira. Puro engano: estavase em plena primeira parte e ainda a tempo de mais um golo português, o segundo de CR7, lançado na cara de Moris por Bruno Fernandes e depois de Félix ter entrado no lance. As estrelas carburavam, com um futebol alegre, como se respirasse­m a plenos pulmões a lufada de ar fresco da noite gélida luxemburgu­esa.

Leão qual furacão

O segundo tempo, por força da vantagem lusa e da vontade dos donos da casa em mostrarem serviço, começou de formabemdi­stinta.Portugalde­scansava com bola, gerindo a posse, e o Luxemburgo pressionav­a mais, conseguind­o algumas chegadas perigosas à baliza. Martínez tirou Bernardo e Ronaldo pouco após a hora de jogo e aos 75’ lançou dois dados decisivos – Otávio, que também de cabeça fez o 5-0, e Rafael Leão. Que fera! Fez da faixa esquerda via verde para destruir o que restava do adversário, cruzando para Otávio marcar, sofrendo e falhando um penálti e redimindo-se logo depois, com o imparável 6-0 final.

Início de campanha perfeito e até junho. Segue-se a receção a uma Bósnia já aflita na qualificaç­ão, após a derrota na Eslováquia.

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Rafael Leão fechou as contas após um slalom de classe
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