OLIVEIRA NO QUARTETO FORA DE COMBATE
Grande Prémio de Portugal provocou um número anormal de baixas para a segunda corrida do ano, na Argentina, já no próximo domingo
Devido ao acidente de Pol Espargaró, a corrida de Portimão abriu com críticas às condições de segurança, para acabar com outras ao comportamento dos pilotos, em especial Marc Márquez.
O Grande Prémio de Portugal,primeiracorridade2023, ●●● registou um número anormal de acidentes graves, que deixaram cinco pilotos com ferimentos, quatro deles impossibilitados de correr na Argentina,segundopalcodoMundial de MotoGP, este fim de semana. A última ausência anunciada foi a de Miguel Oliveira, que foi abalroado por Marc Márquez e, segundo as radiografias feitas no Autódromo do Algarve, só teria uma contusão na perna direita. No entanto, os exames realizados ontem, em Lisboa, mostraram que a gravidade das lesões geradas pelo embate da Honda na perna do português, a 84 km/h, era superior.
“Foram verificadas lesões tendinosas dos rotadores externos da perna direita, que não apenas impede de caminhar, como também de montar na moto e inclinar para as curvas”, escreveu o “Falcão”. O seis vezes campeão mundial, que gerou o embate, foi
ontem operado em Madrid ao polegar direito que fraturou, não indo também à Argentina. Jorge Martín, o outro piloto atingido por Márquez e que caiu mais tarde, ficou com mazelas num pé, mas estará a postos, ao contrário de Pól Espargaró e Enea Bastianini: o espanhol despistou-se nos segundos treinos livres, ficando um mês e meio parado (fratura da mandíbula, de uma vértebra dorsal e forte contusão pulmonar); o italiano caiu na corrida sprint de sábado, após toque de Luca Marini, e fraturou a omoplata direita.
“A primeira prova está feita e temos quatro pilotos no hospital”, resumiu Aleix Espargaró, o mais crítico entre as várias vozes descontentes. Quartararo insistiu que a corrida sprint, tornando todo o programa mais intenso, está na origem do problema, Martín foi de ameaças: “Que [Márquez] tenha cuidado, já me arruinou duas corridas”. O mais velho dos irmãos Espargaró pediu, “pelo menos”, uma corrida de suspensão para Márquez, colocando a responsabilidade nos pilotos. “Há um limite, mas julgo que 80% da grelha não sabe que existe. Não é uma questão de formato, nem de direção de corrida. A culpa é nossa. Estava a andar um segundo mais rápido do que as KTM [Brad Binder e Jack Miller], Johann Zarco e Alex Márquez, mas não os podia ultrapassar. Faço o quê? Vou contra eles? Se não podes passar, não podes. Isto não é boxe”, finalizou.
“Foram verificadas lesões tendinosas dos rotadores externos da perna direita, o que impede de caminhar, montar na moto e inclinar para as curvas”
Miguel Oliveira Piloto CryptoDATA Aprilia RNF “A primeira prova está feita e estão quatro no hospital. A culpa é nossa” Aleix Espargaró Piloto Aprilia Racing