O Jogo

“Estamos de parabéns”

Dinis Leão, oposto do Leixões, faz o balanço do desempenho do clube nesta época, em que perdeu nas meias-finais do play-off diante do Benfica. O foco agora é a Taça Federação

- JOANA BARBEDO SILVA

A viver a segunda época em Matosinhos, o atleta de 26 anos acredita que se assiste ao “regresso do Leixões aos grandes palcos”, apontando a razão do cresciment­o para o trabalho da “nova direção do clube”.

Tendo sido um dos expoentes do voleibol português, sobretudo entre as décadas de 60 e 80 do século passado, onde conquistou oito campeonato­s nacionais, uma nova era está à vista no Leixões. Foi a equipa sensação do Campeonato Nacional masculino, tendo estado perto de bater o Benfica e chegar à final, sobretudo no primeiro e no terceiro encontros. “Faltou-nos experiênci­a, maturidade e mais jogo de alto nível. O Benfica já tinha uma rotina para esses momentos que nós não tínhamos”, refere Dinis Leão, oposto da formação de Matosinhos, a O JOGO.

Após o terceiro desaire perante as águias, o técnico Tiago Sineiro teceu palavras de conforto aos jogadores: “Disse que nós não trabalhámo­s para estas vitórias morais e que a postura com que deixámos esta meia-final mostra que fomos dignos de lá estar. Isto não nos serve de consolo, mas sim para sabermos que estamos no caminho certo e que temos valor, mas há muito para melhorar ainda”, revela o melhor pontuador do play-off até ao momento.

Desde que há Divisão Elite – 2015/16 – nunca o Leixões fez parte dos quatro finalistas e, quanto à mudança de paradigma, o atleta divide os louros. “Nós somos uma equipa bastante ambiciosa e estamos de parabéns pela postura que conseguimo­s manter durante a época toda. Tivemos um equilíbrio perfeito entre humildade e arrogância. É preciso arrogância para defrontar adversário­s melhores e com mais experiênci­a do que nós, mas também é preciso humildade para aprendermo­s com eles a cada jogo. Além disso, esta nova direção fez toda a diferença [assumiu funções em 2018]. Investiu e restruturo­u o Leixões, conseguira­m agarrar um treinador da casa, o professor Tiago Sineiro, conciliand­o a qualidade de al

guém formado aqui com alguns atletas de valor. As condições que tivemos esta época, relativame­nte à passada, são incomparáv­eis, e notase que estão constantem­ente a querer melhorar”, elogiou. Exemplo disso é o facto da equipa ter chegado a Lisboa no dia anterior ao primeiro de dois encontros das meias-finais, “algo que é considerad­o normal, mas foi a primeira vez este ano que isso aconteceu”, conta Leão.

Com uma estrutura “em sintonia”, o Leixões está satisfeito com o que foi feito até

ao momento, mas a temporada ainda não acabou: “Estamos focados no que podemos alcançar, por isso a Taça Federação é agora o nosso objetivo”. Quanto ao próximo adversário, que sairá da outra meia-final, entre Fonte do Bastardo e Sporting, Dinis Leão não tem preferênci­a. “Ao nosso melhor nível, nós sabemos que temos capacidade para vencer qualquer um dos dois”, afirmou.

Quer atinjam ou não o próximo objetivo, uma coisa é certa para o oposto de 26 anos dos matosinhen­ses: “Este é o regresso do Leixões aos grandes palcos”.

“Condições que tivemos esta época são incomparáv­eis” Dinis Leão Oposto do Leixões

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Dinis Leão numa ação frente ao Benfica

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