O Jogo

ESTE LEÃO FAZ DO GOLO UMA INEVITABIL­IDADE

REVIRAVOLT­A Sporting começou a perder em Vizela, mas nunca duvidou de si próprio, convicto numa forma de jogar que o deixa sempre habilitado a marcar

- Textos ANA LUÍSA MAGALHÃES

Vizela fez o que pôde e teve o mérito de não ter baixado os braços depois do raide leonino, que à hora de jogo já levava dois golos de vantagem. Trincão em grande, na companhia do intratável Gyokeres.

o golo, baseada em processos tão simples quanto bem executados, faz com que circunstân­cias como sofrer primeiro sejam pouco mais do que curvas apertadas num trajeto que chega sempre ao destino. Assim se resume o triunfo de ontem contra o Vizela, por 5-2, que garante mais uma jornada no topo da tabela para os leões, naantecâma­radaFinalF­ourda Taça da Liga. Sem dúvida que a equipa de Rúben Amorim chega a Leiria e ao duelo com o Braga num grande momento de forma e a respirar confiança.

Quantoàequ­ipadooutro­Rubén, De la Barrera, não se pode dizer que o Vizela tenha estado muito mal. Pareceu mais, sobretudo, uma natural imposição da lei do mais forte. Depois de uns primeiros minutos com os leões a palmilhare­m o último terço com relativo à vontade, foi a equipa da casa a ferir primeiro. Na ressaca de uma bola parada, aos 13 minutos, o cruzamento de Hugo Oliveira foi direitinho para a cabeça de Alberto Soro, que deixou Adán pregado ao chão – as hipóteses de defesa também eram escassas. É sempre um momento de teste, uma prova de stress. E o Sporting passou por isso com nota positiva, não só mas também porque continuou a jogar da mesma forma, sem se precipitar. Cinco minutos bastaram paraGyoker­es, servido por Nuno Santos, ficar nacarado golo e desperdiça­r. Este entendimen­to à esquerda foi a via preferenci­al do Sporting para ferir o Vizela. Nem sempre com a melhor execução ou discernime­nto, mas constantem­ente com a ideia que o golo, mesmo sem uma avalanche de oportunida­des, não estava muito distante. Na verdade, quem tem Gyokeres, mesmo com aquele falhanço invulgar, sujeita-se inevitavel­mente a isso, como já vamos perceber. A linha de cinco do Vizela ia aguentando as operações como podia, com cuidado para evitar lances de um para um, antes de espreitar o contra-ataque. E Samu até poderia muito bem ter aumentando a vantagem na conclusão de uma jogada muito bem de senha da.Éatalle ido mais forte. O viking perdoa uma vez, mas não muitas mais e não deixou que o intervalo chegasse com o Sporting atrás. Enquanto houver tempo e uma nesga de espaço para jogar, Gyokeres não desarma, carrega, desgasta e arrasta. Fórmula aplicada de maneira certeira mesmo em cima do intervalo, pelo pé esquerdo do sueco, num remate cruzado. Qualquer altura é boa para marcar, mas tão motivador como faturar em cima do intervalo é repetir a celebração logo a abrir o segundo tempo. Trinta e cinco segundos foram suficiente­s para Trincão, que tentou serviu Gyokeres e viu a bola dirigir-se diretament­e para o fundo das redes. De facto, se tanto se fala – e bem – do avançado nórdico, Trincão não merece menos destaque, porque voltou a estar noutro golo, com um cruzamento exímio para Paulinho. Íamos em menos de uma hora de jogo e a questão já parecia arrumada. Mérito para o Vizela por rejeitar essa ideia quando por fim teve algum tempo para respirar entre as operações cirúrgicas e ao mesmo tempo tão intensas do Sporting. Essende ainda reduziu para 3-2, mas não foi suficiente para este Sporting duvidar de si próprio – Coates foi lá acima, ao seu habitat natural, fechar a contagem.

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Daniel Bragança foi um suplente útil para o Sporting
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