O Jogo

Amorim “Sou um treinador que aproveita jogadores até a última”

Técnico do Sporting reconhece que o timing do empate e o do 2-1 foram importante­s para garantir a vitória, mas lamentou os golos sofridos em poucas oportunida­des

- MIGUEL GOUVEIA PEREIRA

O técnico leonino voltou a mostrar crença na permanênci­a de Gyokeres até final da época e lembrou que o sueco tem caracterís­ticas que nenhum outro elemento do plantel possui.

Rúben Amorim não tem dúvidasdeq­ueoSportin­gmarcou os dois primeiros golos em momentos fulcrais e destacou a boa forma de alguns jogadores, nomeadamen­te o inevitável Gyokeres.

Os dois primeiros golos surgiram no timing ideal para garantir a vitória?

—Sim, tivemos ainda um golo mesmo ao cair da primeira parte que foi anulado e ainda voltámos a marcar. Isso é sinal de que a equipa não mudou o sentido do jogo. Entrámos forte na segunda parte, ficámos em vantagem e mantivemos a mesma forma de jogar. Mas em três ocasiões do Vizela, sofremos dois golos, criámos mais e falhámos muito.

O Sporting tem marcado muitos golos. Qual o segredo para esta máquina goleadora?

—Está relacionad­o com a qualidade dos jogadores, que se conhecem cada vez melhor. Também estamos a enfrentar equipas corajosas que nos dão algum espaço e nós temos essa caracterís­tica de atacar a profundida­de.

A equipa parece cada vez mais dependente de Gyokeres. Como é que seria jogar sem ele?

—O que me foi dito é que não há qualquer proposta para ele sair. Mas já tivemos um pouco isso no passado com outros jogadores. A maior parte dos nossos ataques eram feitos pelo Porro e adaptámo-nos, o Matheus Nunes era quem levava a bola para a frente e nunca mais tivemos um jogador desses. Os grandes jogadores são difíceis de substituir e não temos quem aproveite a profundida­de como o Gyokeres. Mas eu não estou preocupado, sou um treinador que aproveita os jogadores até à última. E aqui todos têmoportun­idade.Porexemplo, tivemos o Edwards doente e apareceu o Trincão.

Mas neste momento Gyokeres é um jogador vital?

—Há jogadores que marcam as equipas, tivemos isso com o Pote na primeira época, de forma diferente, mas era regular a marcar e assistir. O Gyokeres dá-nos uma forma diferente de atacar na profundida­de, deu-nos uma caracterís­tica que não tínhamos. Transforma a equipa, porque nos tornou mais perigosos em todos os momentos do jogo. Tem uma capacidade física muito grande, que se tem revelado principalm­ente no fim do jogo, pela capacidade de passe e a forma de meter a bola. Nesse aspeto, considero que é um jogador vital.

Sente que Hjulmand ficou condiciona­do pelo

Amorim voltou a elogiar Gyokeres

amarelo no início do jogo?

—É uma situação que limita muito e já substituím­os jogadores ao intervalo por essa razão, porque pode ir mais à frente e depois pisar um adversário. Mas estava a ter tanta influência e tínhamos de arriscar. Depois, a ganhar por dois golos, metemos o Daniel Bragança, que é um jogador que sabe circular a bola.

Agora vem a Taça da Liga. É importante disputar a fase final dessa prova como líder do campeonato?

—Eraimporta­nteparaseg­uirmos em primeiro e prepararmo­s uma competição que pode valer um título. Mas sabemos que em seis meses muita coisa muda e basta um empate para perdermos a liderança. Agora, vamos ter um jogo muito difícil frente a uma grande equipa, com um grande treinador. Amanhã [hoje], já estaremos a pensar nisso.

“Mantivemos sempre a mesma forma de jogar. Mas em três ocasiões do Vizela, sofremos dois golos”

“Estamos a enfrentar equipas corajosas que nos dão algum espaço e nós temos essa caracterís­tica de atacar a profundida­de”

“Gyokeres transforma a equipa, porque nos tornou mais fortes em todos os momentos”

“Sabemos que em seis meses muita coisa muda e basta um empate para perdermos a liderança”

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