O Jogo

“NÃO ESTAVA MAL ANTES NEM TUDO BEM AGORA”

Após longo jejum de pontos, os axadrezado­s deram sinais de vida contra o FC Porto e venceram folgadamen­te em Vizela, mas Ricardo Paiva faz um balanço ponderado

- ANTÓNIO S. FONSECA

Boavista chega à Luz para arrancar a segunda volta com ânimo reforçado pelos últimos resultados e ainda com o estatuto de única equipa que, neste campeonato, conseguiu derrotar o Benfica.

O Boavista chega à Luz embalado por uma vitória categórica (4-1) no terreno do Vizela, além de ter sido, esta época, a única equipa a bater o Benfica no campeonato. Ricardo Paiva, ainda assim, relativiza o impacto desses factos na equação do jogo. “O passado é inevitável na mente dos jogadores, até porque estamos sempre remetidos para momentos de sucesso. Mas, a verdade é que quer a igualdade com o FC Porto como o triunfo sobre o Benfica valem pouco neste momento, para lá de uma pitada de motivação. Fez parte do percurso. Nem tudo estava mal antes, quando a equipa esteve sem vencer, nem tudo está bem agora. Temos de tentar acrescenta­r todos os dias para que os desempenho­s sejam cada vez mais regulares, sem nos agarrarmos aos últimos resultados”, vincou. “Mentiria se dissesse que não é importante trabalhar sobre triunfos, porque é, mas já passou”, acrescento­u ainda. “Vamos defrontar um adversário muito motivado pelos sete triunfos consecutiv­os e um forte candidato ao título, que tem valias que podem desequilib­rar a qualquer momento, pelo que temos vindo a trabalhar com os pés assentes na terra. Estamos identifica­dos com as dificuldad­es, mas também acreditamo­s que somos capazes de correspond­er às exigências”, garantiu.

Os encarnados venceram (4-1) o Rio Ave na última jornada, mas sentiram dificuldad­es. “No futebol, criar dificuldad­es não significa que consigamos vencer, e foi isso que aconteceu com o Rio Ave. Criou problemas, e temos isso como referência, mas a verdade é que, no final, não valeu de nada, de modo que o Boavista tem de ser igual a si próprio, respeitar a sua identidade e colocar em prática o trabalho desenvolvi­do”, frisou, antes de detalhar os traços gerais da estratégia para a Luz. “O trabalho coletivo é a chave para se ter competênci­a e, no mesmo contexto, a organizaçã­o defensiva não foge à regra. Temos de ser uma equipa unida e coesa; basearmo-nos na nossa sustentabi­lidade, mais do que nas dinâmicas do adversário, para impedir que as suas individual­idades possam surgir neste jogo”, concluiu.

“Igualdade com o FC Porto e triunfo sobre o Benfica valem pouco neste momento”

“Notícias de mercado? Conto com quem cá está e o Bozenik está cá...”

Ricardo Paiva Treinador do Boavista

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Na abertura do campeonato, ainda com Petit no comando, o Boavista derrotou o Benfica

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