“NÃO ESTAVA MAL ANTES NEM TUDO BEM AGORA”
Após longo jejum de pontos, os axadrezados deram sinais de vida contra o FC Porto e venceram folgadamente em Vizela, mas Ricardo Paiva faz um balanço ponderado
Boavista chega à Luz para arrancar a segunda volta com ânimo reforçado pelos últimos resultados e ainda com o estatuto de única equipa que, neste campeonato, conseguiu derrotar o Benfica.
O Boavista chega à Luz embalado por uma vitória categórica (4-1) no terreno do Vizela, além de ter sido, esta época, a única equipa a bater o Benfica no campeonato. Ricardo Paiva, ainda assim, relativiza o impacto desses factos na equação do jogo. “O passado é inevitável na mente dos jogadores, até porque estamos sempre remetidos para momentos de sucesso. Mas, a verdade é que quer a igualdade com o FC Porto como o triunfo sobre o Benfica valem pouco neste momento, para lá de uma pitada de motivação. Fez parte do percurso. Nem tudo estava mal antes, quando a equipa esteve sem vencer, nem tudo está bem agora. Temos de tentar acrescentar todos os dias para que os desempenhos sejam cada vez mais regulares, sem nos agarrarmos aos últimos resultados”, vincou. “Mentiria se dissesse que não é importante trabalhar sobre triunfos, porque é, mas já passou”, acrescentou ainda. “Vamos defrontar um adversário muito motivado pelos sete triunfos consecutivos e um forte candidato ao título, que tem valias que podem desequilibrar a qualquer momento, pelo que temos vindo a trabalhar com os pés assentes na terra. Estamos identificados com as dificuldades, mas também acreditamos que somos capazes de corresponder às exigências”, garantiu.
Os encarnados venceram (4-1) o Rio Ave na última jornada, mas sentiram dificuldades. “No futebol, criar dificuldades não significa que consigamos vencer, e foi isso que aconteceu com o Rio Ave. Criou problemas, e temos isso como referência, mas a verdade é que, no final, não valeu de nada, de modo que o Boavista tem de ser igual a si próprio, respeitar a sua identidade e colocar em prática o trabalho desenvolvido”, frisou, antes de detalhar os traços gerais da estratégia para a Luz. “O trabalho coletivo é a chave para se ter competência e, no mesmo contexto, a organização defensiva não foge à regra. Temos de ser uma equipa unida e coesa; basearmo-nos na nossa sustentabilidade, mais do que nas dinâmicas do adversário, para impedir que as suas individualidades possam surgir neste jogo”, concluiu.
“Igualdade com o FC Porto e triunfo sobre o Benfica valem pouco neste momento”
“Notícias de mercado? Conto com quem cá está e o Bozenik está cá...”
Ricardo Paiva Treinador do Boavista