O Jogo

TIRO AO QUADRADO

Dragões sentiram muitas dificuldad­es para anular o antiquado sistema defensivo posto em prática pela equipa de Famalicão

- MANUEL PÉREZ

●●● Uma espécie de“cate naccio”fo ia surpresa apresentad­a pelo treinador Jorge Ferreira, no intuito de travar as perigosas investidas dos comandados de Ricardo Ares. Esse sistema defensivo, denominado por quadrado no hóquei em patins, está considerad­o uma arma de um passado distante e nunca é fácil de contrariar. Mas foi dessa base, de quatro soldados bem enquadrado­s na proteção da baliza, que o Famalicens­e lançou perigosos contragolp­es, três deles no alvo, enquanto o FC Porto não disfarçava o desconfort­o.

Para além do sofrimento sentido na construção de passes rápidos e penetraçõe­s, os azuis e brancos não se mostravam eficazes na resolução das vantajosas situações de bola parada, uma boa via alternativ­a, mas também bloqueada pelas defesas de Diogo Fernandes.

O jogo da primeira jornada da segunda volta do campeonato acabaria por se tornar algo insípido, bem diferente doúltimoen­treambasas­equipas, marcado por um empate de loucos (7-7). Para quem assistia com neutralida­de, a indefiniçã­o no marcador constituía o principal atrativo.

A primeira grande ocasião para abrir o marcador pertenceu aos anfitriões, aos sete minutos, num livre direto de Hélder Nunes travado pelo guarda-redes. Volvidos poucos segundos, uma corrente de ar gélido varreu a arena do Dragão, quando a condução de bola por parte de J.J. López, de baliza a baliza, resultou num golaço inteligent­e, pois a equipa tinha menos um jo- gador na pista. O 1-1 (Telmo Pinto) surgiu perto do intervalo e a segunda parte manteve o mesmo registo, sendo preciso esperar pelos últimos cinco minutos para os portistas resolveram os problemas em definitivo. Hélder Nunes (4-3) e Rafa (5-3) fecharam o resultado, depois de um início de segundo tempo com Diogo Casanova a colocar os minhotos na frente (1-2), Hélder a empatar e Gonçalo Alves a virar para 3-2, para Afonso Lima, à décima falta do adversário, estabelece­r nova igualdade.

“O Famalicens­e recorreu ao quadrado; acho que não é bom para o hóquei” Ricardo Ares Treinador do FC Porto

“Temos as nossas armas, há que saber utilizá-las e o que fizemos não é muito habitual” Jorge Ferreira Treinador do Famalicens­e

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Hélder Nunes, que marcou dois golos, tenta superar superar Diogo Fernandes

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