Derrota para equipas de adeptos racistas
Gianni Infantino contundente perante mais dois casos de insultos, em Itália e Inglaterra. Avança com propostas concretas contra prevaricadores
Maignan (Milan) e Palmer (Coventry) alvos de insultos racistas no último sábado, o que levou o presidente da FIFA a dar um murro na mesa. Defende medidas drásticas para punir os infratores.
O caso de Maignan, guarda-redes do Milan que chegou a abandonar o jogo frente à Udinese, a contar para a jornada do último fim de semana na liga italiana, queixando-se de insultos racistas, provocou uma reação forte de Gianni Infantino, que juntou a esse caso do atleta francês um outro ocorrido em Inglaterra, envolvendo o médio Kasey Palmer, do Coventry, alegado alvo dos adeptos do Sheffield Wednesday, partida a contar para o Championship.
“Os jogadores afetados por estes acontecimentos no sábado têm todo o meu apoio” começou por escrever o presidente da FIFA na sua conta do instagram. “As situações que ocorreram em Udine e Sheffield são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação, tanto no futebol como na sociedade”, continuou o dirigente máximo do futebol mundial
Infantino reconheceu a necessidade de uma intervenção “por parte de todas as partes interessadas” no fenómeno, designadamente “começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade”.
Além do atual protocolo, que assenta em três etapas – jogo interrompido, jogo novamente interrompido e jogo abandonado –, Gianni Infantino defendeu “a derrota automática para a equipa cujos adeptos cometam racismo e provoquem o abandono do jogo, bem como proibições globais de frequentar estádios e acusações criminais para os racistas”.
TambémDidierDeschamps, selecionador de França, saiu publicamente em defesa de Maignan. “O que o nosso jogador passou é inaceitável. Compreendo a decisão de deixar o campo. Os insultos devem ser condenados com a maior firmeza”, exigiu.
“Defendo ainda proibições globais de frequentar estádios e acusações criminais para os racistas”
Gianni Infantino Presidente da FIFA