Um teste aos estados de espírito
O Braga foi a primeira equipa a travar o Sporting esta temporada. É verdade que quando visitaram a Pedreira os leões ainda não tinham entrado em velocidade de cruzeiro e os guerreiros foram capazes de encontrar um antídoto para Gyokeres, sempre bem marcado por Fonte. Muito aconteceu entretanto, e se os leões atravessam uma das melhores fases da temporada, os minhotos acumulam frustrações nos duelos com os grandes. Claro que uma final é sempre um jogo especial, capaz de baralhar qualquer previsão e de deixar marcas emocionais tanto em vencedores como em vencidos. Se essas marcas terão impacto mais adiante, quando as duas equipas se voltarem a encontrar daqui por 15 dias em Alvalade, para o campeonato, pois essa é só uma das questões que o jogo de hoje coloca.
As opiniões dividem-se sobre a atuação da equipa de arbitragem no lance mais polémico da final da Taça da Liga em futsal. Taynan, que estava no banco, entrou na quadra e cortou a bola, vendo um cartão amarelo. Há quem alegue que deveria ter visto o vermelho e o Benfica até reclama a repetição do jogo. O próprio jogador confessou ter jogado com o regulamento, para dar o título “aos seus”, mas apagou a mensagem logo a seguir. Percebe-se o desconforto que possa ter criado. Afinal, Taynan é jogador do Sporting, clube dirigido por Frederico Varandas, o presidente que disse, após a conquista do título de campeão nacional, que aquela era a prova de que “é possível vencer sem abdicar da honra, da decência, da integridade, da nobreza e do desportivismo”. Quer dizer, é possível, mas não é obrigatório.
O Sporting atravessa a melhor fase da temporada, o Braga acumula frustrações nos duelos com os grandes, mas uma final tem sempre o condão de baralhar as previsões.