“Tornou-se obrigatório vencer títulos” RÚBEN AMORIM

Treinador do Sporting descarta possível favoritismo e mantém a ambição no alto, apesar de ter ganho várias vezes a prova. Presta enormes elogios ao Braga

Ciente de que está há dois anos sem ganhar um troféu, Amorim vinca a importância de chegar à final e quebrar o jejum de títulos. Preocupado por sofrer golos, pede foco para fechar a baliza hoje.

●●●RúbenAmorimnãoperdeu a vontade de ganhar títulos e olha para a Taça da Liga com a ambição máxima. Rejeitando ser um especialista na prova, avisa para a força do Braga, que diz poder renascer hoje numa prova a eliminar.

A possibilidade de chegar a uma final é importante para quem não ganha um título há dois anos?

—Falámos sobre isso na época passada e no início desta. Estivemos uma época desportiva sem vencer. Tornouse obrigatório vencer títulos esta época.

O Braga perdeu com Benfica e FC Porto. Pensa aproveitar o momento?

—É uma competição diferente. Basta olharmos para a época passada. O Braga estava muito bem, nós não tão bem no campeonato, tínhamos sido eliminados da Taça de Portugal, da Liga dos Campeões, mas era uma prova diferente e conseguimos vencer [quartos de final da Taça da Liga]. Vai ser uma espécie de final por toda a envolvente em torno da cidade de Leiria e tudo o que aconteceu no campeonato não vai entrar em campo. É um adversário que pode mudar alguns jogadores e a forma de jogar. Se jogar o Bruma é diferente de jogar o Rony Lopes... São jogadores internacionais, tem um plantel muito bom e um dos melhores treinadores da história do clube pelo que alcançou. É um jogo muito difícil e as duas equipas querem chegar à final para ganharem um título. Queremos começar já.

Considera-se o rei da Taça da Liga [venceu três como técnico e seis como jogador]?

—Não me considero rei nenhum. Sei que ganhei várias, não sei como está em relação ao Luisão [7]. Sei que ganhei algumas. Treinámos penáltis ontem [anteontem] e hoje [ontem], de forma a estarmos preparados para todas as eventualidades. Dou muito valor à Taça da Liga, porque ganhei várias como jogador e teve um significado muito grande quando a venci pelo Braga, numa fase difícil do começo da carreira com muita confusão à mistura. Foi um momento decisivo, até para ganharmos confiança no nosso trabalho.

Gostava de encontrar o Benfica na final para um ajuste de contas?

—Não há ajustes de contas. É uma competição diferente. O que interessa é chegar à final e não tenho preferências.

O Braga faz muitos golos. É decisivo recuperar a consistência defensiva?

—Temos sofrido demasiado. Com o Vizela sofremos três remates à baliza e levámos dois golos. Há fases assim . Este ano estamos a conceder menos oportunidades aos adversários, mas continuamos a sofrer. Temos de mudar, porque alguma coisa estamos a fazer mal. Houve fases em que, na primeira época, defendíamos muito mais e não sofríamos golos. Este ano estamos a sofrer golos, mas a defender melhor e compactos. Há muito talento do Braga na frente e temos de estar concentrados em todos os momentos porque as duas equipas acabam sempre por marcar. É muito importante não sofrer.

Cristiano Ronaldo disse torcer pelo Sporting, mas que não vem para o clube... Que comentário faz?

—Tinham-se poupado muitas perguntas em relação à vinda dele para o Sporting. Vê a equipa a jogar e, como todos os sportinguistas, está satisfeito com o rendimento. Mas disse, e bem, que as contas fazem-se no fim.

“O Braga tem um dos melhores treinadores da história do clube pelos resultados que alcançou”

Rúben Amorim Treinador do Sporting

“O que aconteceu no campeonato não vai entrar em campo na Taça da Liga. O ano passado não estávamos bem na Liga e eliminámos o Braga”

“Benfica na final? O que interessa é lá chegar. Não tenho preferências”

Rúben Amorim

Treinador do Sporting