O Jogo

Amorim “Tem de causar mossa”

Técnico assume “desespero” por ganhar títulos e quer resposta à derrota já frente ao Casa Pia

- MARCO GONÇALVES

Sublinhand­o o domínio da sua equipa na partida, lamentou a ineficácia na finalizaçã­o e visou a estratégia do adversário, “à espera de um erro” dos leões. “Marcaram na única oportunida­de”, atirou.

Frustrado pelo desaire, Amorim diz que a sua equipa “merecia ganhar”, até porque foi “superior”.

É difícil perceber o facto de não estar na final?

—É o futebol, duas equipas com estratégia­s diferentes, ganhou o Braga pois não conseguimo­s fazer golos. Houve uma equipa à espera de um erro nosso e marcou talvez na única oportunida­de. Falhou a finalizaçã­o.

A derrota causa mossa?

—Vimos uma equipa com grande identidade, que merecia ganhar. Vamos dar a resposta em vez de estarmos a falar. Tem de causar mossa, temos de ganhar títulos, queremos ganhar todos, perdemos este e depende da atitude com o Casa Pia. Aí é que vamos responder.

O que representa este título perdido?

—Vimos de uma época sem ganhar títulos, este ano é obrigatóri­o ganhar. Se não ganharmos alguém irá sofrer as consequênc­ias. É notório em todos, jogadores, adeptos, que estão desesperad­os por vencer. Não terá impacto. Temos menos uma competição, mas ainda há provas. Há mais pressão por termos menos um. Isto não acaba aqui, temos quatro meses de sprint final para fazer o máximo.

Falou em desespero. Este era o mais fácil de ganhar?

—Era mais fácil porque faltavam dois jogos. Queremos algo muito importante para o nosso clube, nesse sentido mudaria o ambiente, já teríamos ganho um título e isso ajudaria os que não ganharam e seria importante para o que aí vem, mas não haveria relaxament­o para que algo falhasse. Queremos uma coisa, muito óbvia desde o primeiro dia, e vamos atrás dela um bocadinho desesperad­amente.

Disse que a equipa andou perdida após sofrer o golo. Faltou estofo de campeão?

—O estofo vamos ver no fim, mas não vejo um jogo em que não fomos melhores, tirando a Atalanta na primeira parte. Quando olho para a equipa sinto-a com estofo. Esteve perdida cinco minutos, perdemos aí um bocadinho o domínio, mas em nenhuma fase o Braga esteve melhor. Fomos superiores.

O desespero de ganhar é também financeiro?

—Podem ver pelas contas que o Sporting está bem orientado, temos vários jogadores com valor. A minha parte não é financeira. No início precisávam­os de dinheiro para fazer o que estamos a falar, agora não tenho problemas desses. O Sporting é grande e tem de querer vencer, com o Casa Pia vamos ver a mesma intensidad­e e ainda mais fome.

Ficou arrependid­o pela saída de Coates?

—Agora sim, mas estávamos tão bem no jogo. O Abel Ruiz entrou e estavam muito fresco com a nossa linha defensiva, o menos fresco era o Seba, que fez um grande jogo. Às vezes funciona, outras não. A culpa foi minha também, mexi logo sem dar tempo para assentar, era algo que tinha na cabeça se tivéssemos de acelerar para não ir aos penáltis, o demérito nessa parte é do treinador.

Como tem visto Eduardo Quaresma?

—Tem sido uma surpresa para todos, eu que conheço bem, a forma como joga, como ataca, como consegue ir buscá-los, sai um e entra outro fresquinho e continua atrás deles.

Gyokeres coxeou por momentos. Passa-se algo?

—Deve ser a seguir a alguns lances em que pode ter alguma dor, não me pareceu limitado.

“Se não ganharmos alguém irá sofrer as consequênc­ias. Isto não acaba aqui”

“Não vejo jogos em que não fomos melhores. Quando olho para a equipa sinto-a com estofo”

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Amorim tenta despertar a equipa na etapa final

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