Artur Jorge “Foi uma vitória justa”
Reconheceu a sorte na primeira parte, mas enalteceu o espírito do grupo, decisivo para bater o leão
Líder dos arsenalistas admitiu poderio leonino nos 45’ iniciais, mas sublinhou: “Corrigimos e fomos eficazes.” Mas, ao mesmo tempo, lembrou as oportunidades de golo dos bracarenses na etapa final.
Artur Jorge deu grande ênfase à força do coletivo e à entreajuda no grupo como factores decisivos para este triunfo sobre o Sporting.
Sofreu para ser feliz?
—Sim, para além do mérito de como nos comportámos. Com o compromisso e a atitude de todos os jogadores fica muito mais difícil para um adversário ultrapassar uma equipa que se comporta desta forma. Mérito grande dos jogadores pelo que fizeram e por estarem na final de sábado.
A substituição de Pizzi por Ruiz foi vital para o Braga?
—Preparámos algumas variantes naquilo que é o nosso comportamento. Na primeira parte estivemos desconfortáveis, mas também por muito mérito do Sporting. Houve mais Sporting, tivemos felicidade na forma como nos mantivemos no jogo com 0-0, mas a nossa equipa estava muito comprometida. Para a segunda parte, corrigimos ao intervalo e tivemos a felicidade de sermos eficazes. Foi uma vitória justa frente a uma equipa de grande qualidade e muito difícil de ultrapassar e bater. Só um Braga muito forte seria capaz de bater este adversário.
Abel Ruiz recuperou a confiança?
—Sim, o que tenho feito é apenas ser justo. Pelo que se trabalha diariamente, pelo trabalho que é feito, jogar mais ou menos depende, há variantes que fazem com que se jogue mais ou menos. Faltava-lhe o golo, desde o Rio Ave que não marcava, andava cabisbaixo, porque um avançado vive de golos. Neste jogo foi importante ter a equipa comprometida com jogadores que entram a acrescentar valor e a terem momentos de felicidade que só chegam para quem os merece.
Gostava de ajustar contas com o Benfica, que eliminou o Braga da Taça?
—Tivemos alguma felicidade na primeira parte, quando houve ascendente do Sporting, na segunda parte também tivemos infelicidade, com uma bola que não sei ainda qual a interpretação que é dada. Queríamos ser competentes, com sentido de equipa. Quanto à final, vamos aguardar, até pode ser com o Estoril. O que gostava era de estar na final, vamos aguardar para ver o adversário.
Como analisa a exibição de Vítor Carvalho?
—Também ele foi importante, mas, por exemplo, a missão de Zalazar também o foi, pois fizemos com que ele tivesse um posicionamento diferente do que é habitual, de grande sacrifício. Moutinho também esteve sempre bem posicionado, assim como os centrais. Seria pouco justo se não destacasse o comportamento de todos eles. Houve um espírito tremendo, de grande entreajuda, de companheirismo. Tiveram todos uma seriedade tremenda.
“Com este compromisso e atitude fica mais difícil para um adversário conseguir ultrapassar-nos”
“Na primeira parte houve mais Sporting e tivemos felicidade na forma como nos mantivemos no jogo”
“Ruiz? Não marcava desde o Rio Ave, andava cabisbaixo, neste jogo foi importante”