Tribunal agrava pena mas haverá recurso
Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto condenado a dois anos e meio de prisão em regime de pena suspensa
Livro “O Polvo encarnado” na base da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que será contestada no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Saudada, com ironia, a rapidez da Justiça.
O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu agravar as penas de Francisco J. Marques e Diogo Faria na sequência do recurso apresentado pelo Benfica no conhecido caso dos emails. O diretor de comunicação do FC Porto foi, agora, condenado a dois anos e seis meses (um ano e dez meses inicialmente) de prisão em regime de pena suspensa, enquanto o diretor de conteúdos vê subir a pena para um ano e cinco meses, também suspensa por igual período. As juízas desembargadoras valorizarem o crime de ofensa de pessoa coletiva agravada em relação ao Benfica, nomeadamenteatravés da publicação do livro “O Polvo Encarnado” e decidiram aumentar as penas. Os portistas estão ainda obrigados a publicita resta decisão num jornal generalista e numa emissão do Porto Canal em horário nobre. Estas duas penas serão alvo de recurso a nível nacional, mas não só, como anunciou Francisco J. Marques no programa Universo Porto da Bancada. “Já li que o acórdão diz que sabíamos que o que dizíamos do Benfica não era verdade. Nós só dissemos verdades. Imagino que haja recurso, há uma entidade para a qual haverá seguramente, queéo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Aí acredito que haja justiças em interferências, sem caldos de cultura”, referiu, saudando, com alguma ironia, o timing da decisão. “A matéria não era simples. Chegou ao Tribunal da Relação de Lisboa em meados de dezembro, pelo meio houve férias de Natal, e um mês depois houve decisão. Belo exemplo para o resto da Justiça”, atirou, continuando com a ideia. “Foram denunciadas, por mim, pelo Diogo Faria e outras pessoas, práticas irregulares e ilegítimas do Benfica à ‘fartazana’ em 2017. Foi aberta uma investigação, mas ainda não chegou a conclusões e continuamos à espera. Passaram quase sete anos. Para isso ainda não houve tempo por isso tenho de saudar a rapidez”, insistiu, lamentando que a Justiça ainda não tenha conseguido notificar Lionn, antigo jogador do Rio Ave e que terá sido aliciado por César Boaventura para facilitar num jogo contra o Benfica.
“No Tribunal Europeu dos Direitos do Homem acredito que haja justiça sem interferências, sem caldos de cultura” Francisco J. Marques Diretor de Comunicação do FC Porto