O Jogo

Tribunal agrava pena mas haverá recurso

Francisco J. Marques, diretor de comunicaçã­o do FC Porto condenado a dois anos e meio de prisão em regime de pena suspensa

- CARLOS GOUVEIA

Livro “O Polvo encarnado” na base da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa, que será contestada no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Saudada, com ironia, a rapidez da Justiça.

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu agravar as penas de Francisco J. Marques e Diogo Faria na sequência do recurso apresentad­o pelo Benfica no conhecido caso dos emails. O diretor de comunicaçã­o do FC Porto foi, agora, condenado a dois anos e seis meses (um ano e dez meses inicialmen­te) de prisão em regime de pena suspensa, enquanto o diretor de conteúdos vê subir a pena para um ano e cinco meses, também suspensa por igual período. As juízas desembarga­doras valorizare­m o crime de ofensa de pessoa coletiva agravada em relação ao Benfica, nomeadamen­teatravés da publicação do livro “O Polvo Encarnado” e decidiram aumentar as penas. Os portistas estão ainda obrigados a publicita resta decisão num jornal generalist­a e numa emissão do Porto Canal em horário nobre. Estas duas penas serão alvo de recurso a nível nacional, mas não só, como anunciou Francisco J. Marques no programa Universo Porto da Bancada. “Já li que o acórdão diz que sabíamos que o que dizíamos do Benfica não era verdade. Nós só dissemos verdades. Imagino que haja recurso, há uma entidade para a qual haverá segurament­e, queéo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Aí acredito que haja justiças em interferên­cias, sem caldos de cultura”, referiu, saudando, com alguma ironia, o timing da decisão. “A matéria não era simples. Chegou ao Tribunal da Relação de Lisboa em meados de dezembro, pelo meio houve férias de Natal, e um mês depois houve decisão. Belo exemplo para o resto da Justiça”, atirou, continuand­o com a ideia. “Foram denunciada­s, por mim, pelo Diogo Faria e outras pessoas, práticas irregulare­s e ilegítimas do Benfica à ‘fartazana’ em 2017. Foi aberta uma investigaç­ão, mas ainda não chegou a conclusões e continuamo­s à espera. Passaram quase sete anos. Para isso ainda não houve tempo por isso tenho de saudar a rapidez”, insistiu, lamentando que a Justiça ainda não tenha conseguido notificar Lionn, antigo jogador do Rio Ave e que terá sido aliciado por César Boaventura para facilitar num jogo contra o Benfica.

“No Tribunal Europeu dos Direitos do Homem acredito que haja justiça sem interferên­cias, sem caldos de cultura” Francisco J. Marques Diretor de Comunicaçã­o do FC Porto

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Francisco J. Marques e Diogo Faria com um dos advogados ao meio

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