O Jogo

“HOMENAGEM SERIA SU

COVILHÃ Gilberto marcou dois golos à Académica na vitória (3-2) que garantiu a fase de subida. Morte do presidente abalou a equipa

- ANDRÉ BASTOS

Anadia-Lusitânia Lourosa AD Sanjoanens­e-Varzim Canelas 2010-Trofense Felgueiras 1932-Vianense Braga B-Fafe

J

VE 17ª JORNADA

DP41 30 25 24 24 23 20 18 17* 12 18ª (última 1ª Fase) 28/01/2024, domingo Fafe-Canelas 2010 Lusitânia Lourosa-AD Sanjoanens­e Trofense-Anadia Varzim-Felgueiras 1932 Vianense-Braga B 17ª JORNADA

Pêro Pinheiro-Caldas 1º Dezembro-Amora Atlético-Oliveira do Hospital Covilhã-Académica Alverca-Sporting B

JV

ED

M18ª (última 1ª Fase)

27/01/2024, sábado Caldas-Covilhã Académica-Atlético Amora-Alverca

Oliveira do Hospital-1º Dezembro Sporting B-Pêro Pinheiro

P31 30 30 28 27 26 19 18 13 10

12 épocas consecutiv­as no Covilhã, o médio tem no clube a sua segunda família e admite que lhe custou perder José Mendes, que faleceu no início do ano, vítima de doença prolongada.

Gilberto e Covilhã são dois nomes que se confundem pela longevidad­e que o médio e capitão leva no clube. Neste período, aponta a temporada 2014/15 como a mais feliz, que por um ponto não culminou com a subida à I Liga. A descida à Liga 3 e a recente perda de José Mendes, o líder máximo do clube, foram os momentos mais negativos. Aliás, Gilberto diz que “voltaria a descer para poder ter cá o presidente”.

O Covilhã garantiu a fase de subida ao vencer a Académica. Foi a vitória mais importante da época?

—Não foi a vitória mais importante. Cada uma teve a sua importânci­a, é óbvio que esta, pelo significad­o de garantir a qualificaç­ão para a fase de subida, foi extremamen­te importante, mas todas tiveram o seu peso.

Contribuiu com dois golos de penálti. Que papel teve e qual foi a chave?

—Tive a felicidade de fazer os dois golos frente a um adversário muito competente, bem trabalhado e com um plantel muito bom. A importânci­a foi dar a qualificaç­ão para a próxima fase. Vínhamos de um momento difícil, com a perda do líder máximo do clube [José Mendes], situação que mexeu connosco e com os nossos sentimento­s. Fez com que tivéssemos ainda mais força para ultrapassa­r estes momentos, com duas vitórias que nos garantiram a qualificaç­ão. A chave foi sermos iguais a nós próprios. Lutámos e qualquer um que jogue dá conta do recado. Esse foi o grande mérito.

Está há 12 épocas consecuHá tivas no Covilhã. O que representa o clube para si?

—Representa muito. Basicament­e é a minha segunda família. Já são largos anos aqui a lutar e foram-se criando sentimento­s muito mais do que simplesmen­te profission­ais. Fui fazendo amigos. O clube vai ficar sempre no meu coração. Quando ouvirem falar de mim vão associar-me sempre ao Covilhã e isso deveu-se ao que fiz aqui.

A descida à Liga 3 foi o momento mais delicado ou houve outros negativos?

—O momento mais delicado foi a perda do nosso presidente, de um amigo. Preferia antes que ele estivesse aqui em vez de subirmos de divisão. Ninguém quer perder ninguém, muito menos alguém tão importante. Não era só o presidente, era um amigo, um companheir­o de grandes conselhos e que me proporcion­ou ficar aqui 12 anos seguidos. Para a maioria dos adeptos, a descida à Liga 3 terá sido a maior desilusão e o pior momento, mas voltaria a descer para o presidente ainda aqui estar.

E momentos positivos?

—Tivemos a época em que quase subimos [2014/15]. Acabámos com menos um ponto do que a equipa que subiu à I Liga [União da Madeira]. Vivemos um momento lindo, apesar de termos ficado com um sabor amargo. Há dois anos, quando fomos ao play-off contra o Alverca, também tivemos um ambiente incrível no Estádio Santos Pinto. Não foi uma subida de divisão, mas foi muito parecido, porque passámos por uma época complicada e sorrimos ao assegurar a manutenção na II Liga.

Que balanço faz da campanha da equipa?

—Estamos a fazer um excelente trabalho até agora. Claro que todas as equipas têm os seus problemas, obstáculos, momentos de pura tristeza, mas estamos a conseguir lidar bem com isso. Temos um grupo forte, é esse o espírito que se vive aqui, de garra, união e de luta até ao fim para conseguirm­os aquilo que queremos, num campeonato muito competitiv­o.

Quantos jogadores ficaram e por que razão continuou?

—Eu, Tiago Moreira, Zé Tiago, Traquina, Igor e o Adams. O que me levou a ficar foi o presidente, com quem tinha muita cumplicida­de e uma relação próxima, até a nível familiar. Sempre foi um conselheir­o, um amigo, transmitiu-me que gostava que ficasse cá para ajudar. Este nunca vai ser só um clube. Apesar de já ter jogado na

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