O Jogo

Incoerênci­as da arbitragem em Portugal

- Vítor Santos vitor.santos@ojogo.pt

Aarbitrage­m de Nuno Almeida não teve qualquer influência no desfecho do jogo que colocou o Braga na final da Taça da Liga, após vitória por 1-0 sobre o Sporting, ontem, em Leiria. Sobretudo por isso, vale a pena prestar atenção a dois lances com decisões controvers­as, porque, noutras partidas, em faltas idênticas as avaliações foram muito diferentes.

À passagem do quarto de hora, Eduardo Quaresma, sem poder sequer jogar a bola, acertou, com a sola da bota, no tendão de Aquiles de Álvaro Djaló e recebeu um cartão amarelo. O que pensarão sobre isto os adeptos que todas as semanas veem os jogadores do seu clube serem expulsos por entradas idênticas e até menos graves? Cinco minutos depois, Hjulmand derrubou o mesmo jogador do Braga, dentro da grande área, ao levantar a perna na sequência de um desarme em carrinho. Segurament­e muitos se terão lembrado que Fábio Cardoso recebeu um cartão vermelho, no último Benfica-FC Porto, numa situação em tudo parecida, ainda na primeira parte, ficando os dragões reduzidos a dez, o que condiciono­u todo o encontro. Só que a falta do defesa portista foi fora da área e, ontem, se o critério de Nuno Almeida fosse igual ao de João Pinheiro, teria sido assinalada uma grande penalidade a favor dos minhotos. Mais do que os erros, que todos os intervenie­ntes no jogo cometem, ou a qualidade, o problema maior da arbitragem em Portugal é a falta de coerência, que no fim da linha corrói a credibilid­ade.

O maior problema da arbitragem em Portugal é a falta de coerência. Lances idênticos podem conhecer desfechos muito diferentes, o que acaba por minar a credibilid­ade dos juízes junto dos adeptos.

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