O Jogo

O máximo de tiros ao lado

REGISTO Sporting atingiu anteontem a menor percentage­m de remates enquadrado­s com a baliza em provas nacionais este ano. Em jogos grandes, o leão ainda não dominara tanto

- FREDERICO BÁRTOLO

Apesar da tristeza, Amorim passou uma mensagem de confiança: valorizou as oportunida­des criadas, o número de recuperaçõ­es – segundo maior da época – e só corrigiu ansiedade após o 1-0 de Abel Ruiz.

O desperdíci­o do Sporting diante do Braga, em Leiria, provocou, inequivoca­mente, o afastament­o da turma de Alvalade da Taça da Liga. Nuno Santos acertou no poste duas vezes, um tiro de Pedro Gonçalves também embateu no ferro numa ocasião e a estes acrescenta-se um remate enquadrado de Trincão, para defesa de Matheus. Feitas as contas, foram 18 remates, mas apenas quatro em direção da baliza do guardião arsenalist­a. Pote, Gyokeres, Trincão e Nuno Santos enviaram depois bolas bem perto da baliza, mas sem a eficiência necessária para um desfecho diferente. Assim, o leão ficou nos 22,2% de tiros enquadrado­s à baliza, o número mais baixo de toda a temporada em provas nacionais, justifican­do então ter sido o primeiro encontro na época em que não marcou golos. Em comparação direta com o jogo da Pedreira, por exemplo, para o campeonato, o Sporting cresceu e muito no poderio ofensivo, já que nesse 1-1 apenas tinha tentado o remate sete vezes.

Os números são favoráveis a Amorim na análise ao jogo, uma vez que foi, em partidas contra clubes ditos grandes, a exibição com maior volume ofensivo. Além dos sete tiros em Braga já mencionado­s, o leão rematou oito vezes ante o Benfica, mesmo ficando reduzido a dez na segunda parte, na derrota por 2-1. Igual número de remates realizou contra o FC Porto, no 2-0 para a Liga em Alvalade. Em todos estes conseguiu uma percentage­m de tiros enquadrado­s superior ao de anteontem, com destaque para os 62,5% contra os dragões.

Os adversário­s têm conseguido, recentemen­te, enquadrar a maioria dos remates com a baliza do Sporting. O Braga, com 62,5%, graças aos cinco de oito remates na direção de Franco Israel manteve a tendência recente, mas Rúben Amorim salientou que até ao golo sofrido a equipa se tinha mantido estável. Sabe O JOGO que foi a dificuldad­e em reagira o golo, procurando passes longos rápidos, que mais desagradou o técnico e que este sinalizou aos atletas como será sempre preciso manter o plano de jogo na busca por resultados.

Ainda assim, apesar da tristeza no balneário leonino, Amorim valorizou a qualidade do futebol, a recorrente criação de oportunida­des e a capacidade de secar o Braga nas saídas rápidas. Os leões foram tão competente­s que somaram 98 recuperaçõ­es, o segundo maior registo da época. Mais... só em Braga (100) na igualdade 1-1, em partida muito disputada. Anteontem, Gonçalo Inácio roubou 18 bolas, Hjulmand e Eduardo Quaresma 15 cada.

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Pedro Gonçalves fez mais uma grande exibição e atirou uma bola ao poste

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